Em diversos destinos existem passeios que acontecem em grandes altitudes. Peru, Argentina e Chile por exemplo possuem diversas atrações acima dos 3.000 metros, devido a cordilheira dos Andes. Quanto mais alto você vai, menos oxigênio existe. É impossível, por exemplo ficar no topo do Monte Everest por mais de 15 minutos sem auxílio do oxigênio. O viajante que vem de países que tem a maior parte do seu território no nível do mar, devem se preparar para fazer essas atividades para não sofrerem com o ‘mal de altura’.

O gerente da Gold Trip Consultoria e Viagens, José Gomes Macedo, explica que o Soroche, ou popularmente conhecido como ‘mal de altura’, pode acontecer a partir dos 2.500 metros acima do nível do mar. “Nós classificamos o mal de altura em três níveis. O moderado, que vai de 2.500 m a 3.600 m acima do nível do mar. O intermediário que vai até os 5.300 metros. E o extremo, que começa a contar a partir dos 5.300”, afirma Macedo.

Segundo o gerente, os sintomas do mal de altura são fáceis de se detectar. “Nenhuma pessoa começa a se sentir mal logo quando chega nas grandes altitudes. Devido a diminuição do oxigênio que ela está habituada a respirar, ele pode sentir dor de cabeça, náuseas, cansaço, aceleração dos batimentos cardíacos, falta de apetite e tontura. Por isso nós recomendamos a todos os passageiros que quando o hotel está em uma grande altitude, a primeira coisa que se faça ao chegar é deitar. Não vale a pena nem gastar energia desarrumando as malas. Apenas deite e relaxe até o seu corpo ficar mais habituado com essa altura”, lembra.

A grande parte dos destinos que possuem atividades em grandes altitudes possuem recursos para ajudar qualquer pessoa que sinta esses sintomas. Em todos os hotéis, cilindros de oxigênio estão disponíveis em quartos ou na recepção. “Todos os guias do Peru, por exemplo, precisam ter ensino superior e são preparados, desde a faculdade, para atender o viajante nessas circunstâncias”, conta Macedo.

Quem quer se preparar e não quiser arriscar passar mal durante a viagem, é recomendado que vá até um médico de confiança e procure um remédio que ajude subir grandes altitudes sem problema. Em países andinos, é uma cultura mascar a folha de Coca. Essa planta solta uma substância que ajuda os glóbulos vermelhos a carregarem mais oxigênio no sangue. Apesar de ser um produto base para a famosa droga, essa planta não possui nenhum efeito colateral ou alucinógeno, e é consumida por pessoas de todas as idades. Quem preferir também pode tomar o chá de Coca, que possui o mesmo efeito. “Nesses lugares as farmácias também costumam vender um cilindro portátil de oxigênio, o que ajuda muita gente durante os passeios”, aponta Macedo.

Seja no nível do mar ou no topo de uma montanha, o que vale é estar bem preparado e com toda a disposição para conhecer um lugar que você nunca vai esquecer.