Tudo sobre safáris na África | Falando de viagem com Peter Goldschmidt

Um dos principais objetivos para quem visita qualquer país da África é conhecer de pertinho os animais que vivem na savana africana. Leões, girafas, zebras, leopardos, elefantes e muitos outros  vivem em parques nacionais e reservas privadas, onde podem ser facilmente avistados. Para isso, é recomendável fazer um safári fotográfico, aonde existe segurança, conforto e o turismo não afeta a vida dos animais.

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Cheetah entra dentro do carro de Safári

Uma das imagens mais impressionantes jamais registradas antes. Uma família de Guepardos (Cheetas) ficaram bem a vontade com turistas que faziam um safári na reserva Masai Mara, no Kenya. O vídeo foi feito em 2015 por uma turista. As imagens são impressionantes!!

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AONDE FAZER UM SAFÁRI NA ÁFRICA?

Se você vai visitar a África pela primeira vez, uma coisa é certa: você vai fazer uma SAFÁRI! A África é um continente impressionante, que tem grandes áreas selvagens, aonde elefantes, girafas, zebras e leões vivem livremente. Agora, resta a dúvida? Aonde fazer um safári na África? Leia Mais

Vídeos Quênia

Este é um país encantador como poucos no mundo. Oferece aos seus visitantes vários santuários de vida selvagem, lindas praias, paisagens incríveis em um vasto e inexplorado território, com clima perfeito, acomodações charmosas e um povo muito hospitaleiro. Veja os vídeos Quênia e conheça toda a beleza deste lugar.

 QUÊNIA

Dicas para Quênia

Bandeira - ÁfricaIdioma: Kiswahili é a língua nacional, enquanto o Inglês é a língua oficial. Além destas duas línguas, a maioria das pessoas também pode falar línguas tribais, consideradas suas línguas maternas.

Visto: O visto de entrada no Quênia pode ser providenciado no Brasil junto ao Consulado Britânico ou localmente, mediante o pagamento de uma taxa (aprox. US$50). O passaporte deve estar válido por no mínimo 6 meses, e com pelo menos duas páginas em branco, lado a lado.

Vacina: É obrigatório apresentar o comprovante internacional de vacina contra febre amarela, tomada até 10 dias antes da viagem. Recomenda-se também que os visitantes sejam vacinados contra a Hepatite A e estejam com a vacinação contra poliomielite e tétano em dia (não é obrigatório, apenas recomendado). Como no Quênia a malária está presente em certas áreas, é recomendável tomar a medicação anti-malária (encontrada nas farmácias).

Moeda: Xelim Queniano, disponível em notas de 50, 100, 200, 500 e 1.000 e moedas de 5, 10 e 20 xelins. O câmbio pode ser feito em bancos, casas de câmbio ou hotéis autorizados. Dólares, libras esterlinas e marcos são trocados com mais facilidade. Travelers Checks e cartões de crédito também são aceitos. Importante! No Quênia somente são aceitos dólares americanos emitidos a partir de 2001 (não são aceitas notas antigas).

Fuso horário: + 6 horas

Código telefônico: 254

Como chegar: 

O Quênia tem três aeroportos internacionais: Jomo Kenyatta – em Nairobi, Moi – em Mombasa e o Eldoret International Airport. O Jomo Kenyatta atende a mais de 30 companhias aéreas, conectando o país com as principais capitais da África, Europa, Oriente Médio e Ásia. Desde São Paulo, a Cia. Aérea South African Airways voa até a capital Nairobi com escala na cidade sul africana de Johanesburgo (tempo de vôo de Johanesburgo a Nairobi é de aprox. 4 horas).

Gorjetas: 

Para carregadores de malas recomenda-se USD1 por mala; para camareiros em hotéis e restaurantes as gorjetas normalmente estão incluídas. Ao final dos safáris, recomenda-se gorjetas equivalentes a USD5 por pessoa por cada dia de safári. As gorjetas não são obrigatórias e ficam a critério de cada um.

Horários de Funcionamento:

 Bancos abrem de 09h00 às 14h00 de segunda a sexta, e o comércio das 09h00 às 17h30 de segunda a sábado.

Transporte no Quênia:

Visitantes podem dirigir usando sua carteira de motorista internacional. No Quênia usa-se a “mão inglesa”, ou seja, dirige-se pelo Quênialado esquerdo da rua e a ultrapassagem é feita pela direita. As distâncias são medidas em quilômetros e o combustível usado é gasolina ou diesel. As condições das estradas são variáveis e podem ser muito pobres em áreas remotas. Dirigir à noite na maioria das áreas não é aconselhável. Em áreas turísticas, bicicletas estão disponíveis para aluguel por um ou meio dia. Esta é uma boa maneira para fazer passeios algumas áreas. O Parque Nacional de Hell’s Gate (aprox. 90km de Nairobi) é um destino muito popular entre os ciclistas, as bicicletas podem ser contratados localmente e há estradas e trilhas pelo parque. Em Nairobi, Mombasa e outras grandes cidades os táxis são bastante acessíveis, muitas vezes estão estacionados em torno dos hotéis e áreas turísticas. Hotéis e restaurantes também podem chamar taxis se necessário. Em Nairobi, geralmente são marcados por uma linha amarela de cada lado. O preço deve ser acordado com o motorista antes da partida, por isso, aconselhe-se com os recepcionistas de seu hotel sobre as taxas corretas.

 “Matatu”:

Esta é a forma mais popular de transporte público no Quênia, além de ser um ícone nacional. Consiste em micro ônibus que operam em rotas definidas com motorista e cobrador (lembre a nossa lotação). Os veículos são pintados com desenhos coloridos.

Fotografias no Quênia:

Não é permitido fotografar edifícios, aeroportos e instalações militares. Você deve pedir permissão antes de fotografar qualquer pessoa (muitas vezes é acordado um preço), especialmente membros das tribos masai e samburu, bem como os seus rebanhos. Animais e paisagens podem ser fotografados. Uma dica é sempre pedir informações sobre possíveis restrições ao seu guia/ranger.

O que vestir no Quênia:

Nos lodges e acampamentos em partes mais altas, especialmente ao redor do Monte Quênia, o clima é mais frio durante a noite, por isso, é importante levar agasalhos (a temperatura varia de 12 a 27 oC nas partes mais altas). Para os safáris, prefira roupas neutras, de cor verde ou cáqui por exemplo.

Água no Quênia:

Beba sempre água engarrafada ou fervida.

Compras no Quênia:

Entre os produtos locais que você pode adquirir estão o café, chá, cangas e esculturas.

Comendo no Quênia:

O país possui uma grande tradição culinária devido à abundância de produtos naturais que foram combinados por suas variadas culturas. Você encontrará legumes frescos, frutas tropicais e frutos do mar. A costa é conhecida pela cozinha “suaíli”, uma misturaQuênia dos sabores do Oriente Médio com os africanos. No interior, consome-se uma carne formidável, sendo uma das especialidades a “Nyama Choma” (carne assada) – os populares “Joints Choma” são restaurantes que servem esta especialidade e estão presentes na maioria das cidades quenianas. A carne geralmente é assada em fogo aberto ou carvão e servida com uma mistura de vegetais. Para os vegetarianos, os imigrantes indianos e paquistaneses trouxeram ao país grande variedade de pratos. A castanha também serve de base para muitos alimentos.

A fantástica migração Serengeti/Massai Mara:

Esta é uma das mais conhecidas e documentadas rotas de migração animal. Veja abaixo um mapa deste notável acontecimento natural.

Passeios no Quênia

Nairobi:

Nairóbi é a maior cidade e capital do país. Com seus mais de quatro milhões de habitantes, é o coração político e financeiro do Quênia. A cidade é grande e oferece alguns atrativos turísticos. Desde a capital pode-se fazer safáris de um dia no Parque Nacional de Nairóbi, como também visitar programas de reintrodução de animais na natureza onde é possível alimentar girafas e elefantes. Visitei o Girafe Center e pude aprender muito sobre estes animais. Próximo a cidade há também uma fazenda de crocodilos.

Lembre-se que existe uma lei que proíbe, entre outras coisas, fotografar o presidente e sua comitiva, policiais em serviço, prédios do governo e a bandeira nacional. Uma dica importante é que para fotografar qualquer pessoa é necessário pedir autorização, especialmente os da tribo Massai. A boa noticia é que NÃO é proibido filmar e fotografar as lindas paisagens e as centenas de espécies de animais selvagens que se espalham por seus parques nacionais.

Orfanato de Elefantes:

O “Sheldrick Elephant Orphanage” está localizado perto do Nairobi National Park. Foi fundado e é administrado por Daphne Sheldrick, viúva de um dos mais conhecidos guarda parques quenianos – David Sheldrick. Ele esteve no centro das guerras contraQuênia a caça furtiva do marfim na década de 1970, e hoje, o orfanato se dedica à preservação do elefante. Filhotes órfãos pela caça ilegal são levados para lá vindos de todas as partes do país, onde recebem tratamento especializado e cuidados 24 horas. Muitas vezes, os animais são levados para o parque de Tsavo, onde são cuidadosamente reintroduzidos. O centro está aberto ao público todas as manhãs das 11h00 às 12h00. Endereço: Mbagathi, 00503 – Nairobi. Tel: 254 (o) 202 301 396. http://www.sheldrickwildlifetrust.org/

Girafe Center:

Este é um centro em prol da vida selvagem ameaçada, localizado em Langata, nos arredores de Nairobi. Inicialmente cuidou da reprodução da espécie de girafa Rothschild e hoje oferece também programas de educação para crianças em idade escolar do Quênia. Aqui você encontrará diversas informações sobre estes animais e poderá ficar cara a cara com eles desde uma plataforma de alimentação. A população de girafas vaga livremente por toda esta extensão. Aberto diariamente das 9h00 às 17h30. Endereço: P.O. Box 15124 – Langata, Nairobi. Tel: 254(0) 20 8070804.

Fazenda de Crocodilos:

Localizado a aproximadamente 13 km do centro de Nairóbi, este lugar abriga centenas de crocodilos do nilo. Está aberto diariamente, a visita dura em torno de 1 hora e aos domingos às 16h00 é possível ver como estes animais são alimentados. Oferece restaurante aberto apenas para almoço. É interessante combinar esta visita com outras atividades, como o Giraffe Center ou o museu Karen Blixen. “The Nairobi Mamba Village” – Lang’ata North Road, Nairobi. Tel. 73599 2686 / 72098 7183. http://www.nairobimambavillage.com/

Safári em Nairobi:

A apenas 7km ao sul de Nairobi está localizado o “Nairobi Safari Walk” (administrado pelo KWS – Kenya Wildlife Service), um centro de conservação e interpretação que combina florestas, zonas úmidas e savanas para que os visitantes possam aprender e se conscientizar sobre a importância da preservação. Entre seus animais selvagens podemos citar: leão, cheeta, leopardo, crocodilo, hipopótamo, zebra, búfalo, macaco, avestruz, tartaruga e rinoceronte. É o lar também de grande variedade de mamíferos, insetos e pássaros e cerca de 150 espécies de árvores locais. Entre as atividades oferecidas, você pode escolher entre safáris a pé, observação da vida selvagem, museu, palestras, identificação de árvores, entre outras. Funciona diariamente das 09h00 às 17h30. Seu acesso é fácil, por meio de estrada asfaltada.

Nairóbi possui um parque nacional com 120 km2 (Nairobi National Park), foi um dos primeiros parques do país e está localizado a apenas 15 minutos ao sul da cidade. Uma de suas atrações é o Nairobi Safari Walk (acima). Você também pode visitar o parque, que oferece atrações como espaço para pic nic e observação de vida selvagem. Para entrar você deve adquirir um Safari Card, no portão principal do parque – KWS Headquarters, Langata Road. http://www.kws.org/parks/parks_reserves/NANP.html

The Village Market:

Centro comercial com restaurantes localizado na Limuru Road 9/418.

Reserva Maasai Mara:

Está localizada no canto noroeste do Quênia, perto da fronteira da Tanzânia e é o parque de safári mais popular no Quênia. Os campos abertos são local para inacreditáveis, ricas e variadas formas de vida selvagem, e para a enorme migração anual de milhões de gnus e antílopes, destaque das viagens à África. A área inclui também Narok, uma cidade com pequenas lojas de lembranças, um correio e alguns bancos. Há também a vila de uma tribo local próxima, os maasais.

Quênia

 Aberdare National Park:

O parque é formado por uma serra vulcânica, aproximadamente 100 Kms ao norte de Nairóbi. O solo é vermelho por sua origem vulcânica, mas rico em matéria orgânica. Existem 2 principais picos, o Ol Donyo Lesatima (3.999m) e o Kinangop (3.906m). Foi criado em 1950 para proteger as encostas da floresta e o terreno árido das montanhas. No parque é fácil avistar elefantes, leões, rinocerontes, panteras negras e o mais bonito dos antílopes, o “bongo”, que é raramente visto em safáris. O parque é de difícil acesso e existem várias razões para isso, uma delas é que a chuva forte deixa a estrada enlameada, sendo necessário um veículo 4×4 para chegar a qualquer lugar. A tudo isso é somada uma densa floresta que dificulta a visão. Por isso, procure se informar sobre o clima antes de planejar o passeio pois o parque sempre fecha na época de chuvas.

Amboseli National Park:

Esta é uma área de planícies largas e secas, onde o horizonte e o céu se unem. Amboseli é conhecido por sua população de elefantes e grandes rebanhos, incluindo alguns touros. Sua área se estende por 400 Km até o mais impressionante gigante, o Monte Kilimanjaro, na Tanzânia, e possui uma vista desse pico que impressiona. A luz adiantada do alvorecer transforma a montanha numa gradação da cor roxa escura e um rosa etéreo. Esta área é casa de muitas comunidades maasai, centradas em torno do parque nacional. O parque é lar para elefantes, rebanhos de gnus, zebras e impalas, que pastam nas planícies abertas. Existem áreas de floresta de acácia que são boas para a observação de pássaros e são casas para muitos mamíferos pequenos. Cheetas também são vistas freqüentemente no parque, que é centrado em torno de um grande monte, com vista para fantásticas planícies ao redor, cruzadas freqüentemente pelos ciclones que levantam colunas de poeira até o céu. Este local é bom para andar e muitos acampamentos ou alojamentos organizam caminhadas ou viagens para passar o tempo em vilas de tribos maasai locais.

Quênia

 Lago Nakuru:

Este lago oferece uma das vistas mais espetaculares do mundo de animais selvagens – os flamingos cor-de-rosa. Quando as condições são adequadas, entre um e dois milhões de pequenos e grandes flamingos se alimentam nas margens do lago, junto com 10 milhões de outros pássaros. O melhor lugar para ver os pássaros é do Penhasco do Babuíno (“Baboon Cliff”). Mas atenção: existem épocas em que as condições do lago mudam e os pássaros se movem para outros lugares. O lago Nakuru foi declarado um parque nacional em 1961 e cobre agora uma área de uns 200 Km². Lá, habitam outras populações como as de javali, antílopes e impalas. Outros residentes são os búfalos, as girafas, leões, leopardos e os rinocerontes pretos.

 

 

 

 

Clima no Quênia

O clima no Quênia não é tão quente – apesar de estar localizado na altura da Linha do Equador – o que acontece devido à sua altitude média, de mais de 1.000 metros acima do nível do mar. As montanhas mais altas do continente, o Kilimanjaro e o Monte Quênia localizam-se nesta área.

Quênia

O clima no Quênia é agradável e favorável, com bastante sol durante o ano todo. O clima é tropical na costa do Oceano Índico, enquanto que no interior é surpreendentemente fresco à noite. Pode ficar bastante frio no início da manhã e à noite, por isso, a dica é não esquecer de levar um agasalho. As chuvas ocorrem entre os meses de março, abril e maio – então programe sua viagem entre junho e fevereiro. A época da seca em especial é a ideal para visitar a região, período que vai de julho a setembro, quando a vida se concentra ao redor de menos reservas de água pelo território e é mais fácil de ser vista; as expedições ao Monte Quênia também são feitas nessa época.

A grande migração de animais

Quênia

 

Este grandioso espetáculo da natureza acontece do Serengeti (Tanzânia) para o Masai Mara (Quênia) de julho a outubro/meados de novembro. O movimento dos animais depende do período e da quantidade de chuvas e, por isso, é difícil defini-lo com precisão. O sentido da migração é inverso entre dezembro e março, então esta também é uma boa época para fazer passeios nos safáris.

Destino Quênia

Este é um país encantador como poucos no mundo. Oferece aos seus visitantes vários santuários de vida selvagem, lindas praias, paisagens incríveis em um vasto e inexplorado território, com clima perfeito, acomodações charmosas e um povo muito hospitaleiro.

Situado na costa leste da África, o país cobre uma área total de 649 Km² habitados por mais de 30 milhões de pessoas, e possui quase todos os principais ecossistemas conhecidos no mundo: de glaciares a desertos áridos, passando por cadeias montanhosas, ricas savanas, grandes lagos e densas florestas.

O imponente Monte Quênia (5.199 m), com picos nevados durante quase todo o ano, é umas das atrações mais importantes do país, além dos 54 parques nacionais e reservas que protegem totalmente a flora, a fauna, além de culturas como as das tribos indígenas que ali vivem. Estas selvagens e exuberantes regiões diferem na abundância e variedade de animais, paisagens, clima e altitude, das famosas savanas de Masai Mara ao santuário de aves do Lake Nakuru, e por isso o Quênia é atualmente um dos países mais visitados da África, possibilitando a todos os seus visitantes um profundo contato com a natureza e a cultura locais.

Quênia

Breve História

As primeiras caravanas que se aventuraram nesta região foram organizadas por traficantes de escravos, comerciantes, árabes e “Kiswahili” – etnia formada pela mistura dos primeiros colonos árabes com as tribos locais. Naquela época, as potências européias ainda não tinham sua atenção voltada para este continente. Somente na penúltima década do século XIX, a África foi dividida em zonas de interesse, ficando o Quênia sob protetorado britânico (1895). Em 1907 Nairobi foi declarada capital do protetorado. Foi também durante essa década que começaram a surgir movimentos nacionalistas entre as tribos: Maasai, Nandi, Kipsigis e Kikuyu, que haviam sido marginalizadas e expulsas de suas melhores terras e confinadas em reservas. A política seguida pelo poder colonial era a de evitar contatos inter tribais.

QuêniaNos anos quarenta, havia duas principais correntes em prol do movimento nacionalista: uma moderada liderada por Eliud Mathu (educado na África do Sul e Oxford), e uma radical sob o comando do líder Jomo Kenyatta e tendo os Kikuyu como ativistas. Em 1952 o movimento iniciou uma luta contra os colonos da região montanhosa, rebelião conhecida como “Mau Mau”. O governo colonial declarou estado de emergência. As tropas coloniais prenderam milhares de Kikuyus e os confinaram em reservas fortemente guardadas, Jomo Kenyatta foi feito prisioneiro e confinado no deserto do norte. A luta durou até 1960, quando se contabilizou cerca de 11.000 Mau Maus e 2.000 civis africano mortos, contra 50 militares e 30 civis europeus.

A resistência armada tinha sido superada, mas a era colonial chegou ao fim. No mesmo ano de 1960 uma área de mais de 800.000 foi oferecida para compra aos mesmos africanos que dali haviam sido despejados. Jomo Kenyatta retornou do exílio para liderar o KANU, partido nacionalista de predominância Kikuyu. Finalmente, em 1963, a Inglaterra concedeu a independência e a República foi adotada como forma de governo. Jomo Kenyatta tornou-se presidente, cargo que ocupou de forma mais ou menos ditatorial até sua morte, em 1978. Foi sucedido por seu vice, Daniel Arap Moi.

O período pós-colonial foi marcado por uma clara africanização da vida social e das instituições, bem como de evolução econômica e política. Desenvolveu-se uma classe comercial africana que participou ativamente nos negócios e profissões que antes eram totalmente dominadas por brancos. O Quênia tem desenvolvido uma economia mista de propriedade privada e do estado, principalmente em setores como petróleo, bancos e energia. Em janeiro de 2003, Mwai Kibaki e seu partido (NARC), venceram as eleições e acabaram com 40 anos de governo KANU. Em dezembro de 2008, foram realizadas eleições no Quênia que resultaram em um governo de coalizão, onde Kibaki (partido PNU) assumiu a posição como presidente e Raila (partido ODM) assumiu como primeiro-ministro, tornando-se o único país africano com este tipo de governo.

Hoje o Quênia é o país mais desenvolvido e melhor preparado para o turismo da África Central e Oriental.

Alimentação no Quênia

A abundância de produtos naturais do Quênia, combinados com a rica variedade de culturas, criaram uma grande tradição culinária.

O fértil solo vulcânico do Vale do Rift produz legumes frescos, enquanto que a costa é uma grande fonte de frutas tropicais e frutos do mar frescos. A costa é também o lar da cozinha “suaíli”, uma mistura dos sabores do Oriente Médio com os africanos. Mais para o interior, os quenianos são grandes consumidores de carne formidável. Uma das especialidades mais conhecidas é a “Nyama Choma” (carne assada).

A dica é conhecer os populares “Joints Choma”, presentes na maioria das cidades quenianas, são restaurantes que servem esta especialidade. A carne geralmente é assada em fogo aberto ou carvão e servida com uma mistura de vegetais (Sukuma Wiki) e “Ugali” (mingau de farinha de milho servido em forma de grandes tijolos, que são quebrados e usados para acompanhar a carne, ensopados ou legumes). A carne de frango é mais cara e, portanto, a população prefere pratos com carne e arroz. Para os vegetarianos, os imigrantes indianos e paquistaneses trouxeram ao país grande variedade de pratos. A castanha é também a base de muitos alimentos.

Música e Artesanato no Quênia

Quênia

 

O artesanato do Quênia é variado de acordo com a região: esculturas de madeira, pulseiras Masai e estampas em batik (desenhar com cera quente sobre o tecido e em seguida tingi-lo). A manifestação artística na África representa usos e costumes das tribos africanas, através de pinturas, máscaras e esculturas feitas em diversos materiais.

A música queniana tem sua origem a partir de várias fontes:

– cantos e danças de tribos nômades (cerimoniais e de caça)
– grande variedade de tambores utilizados por todo o país
– sinos, chifres longos, assobios
– percussão Kamba e Chuka
– flautas de junco e instrumentos de cordas

Como a tendência atual para a fusão de estilos cresce, muitos artistas quenianos estão explorando um novo reino de possibilidades musicais. Um dos mais populares é Mercy Myra, que combina estilos tradicionais e modernos, africanos e ocidentais. O grupo Ogopa produziu muitas outras estrelas jovens, incluindo Googz Banton e Vinnie, uma dupla de talentosos cantores e compositores cuja música hip hop sobre a vida no subúrbio de Nairobi se tornou hino em toda a cidade. Tudo isto diversificou o cenário musical do Quênia. Em passeios na lojas em Nairobi você encontrará diversas opções.

Quênia

Jambo! Karibu! Estas duas palavras em Kisuahili, língua oficial do Quênia, significam olá e seja bem-vindo, respectivamente. Foram as que eu mais ouvi durante minha viagem neste simpático país da África Oriental. Apesar de passarem por dificuldades econômicas, os quenianos mantêm o bom humor e a simpatia, característica deste país com quase 40 milhões de habitantes. O Quênia é um país jovem, pois foi apenas em 1963 que ele se libertou da Inglaterra e tornou-se uma República Democrática. Hoje sua economia se baseia na exportação de chá e café, na exportação de flores, agricultura familiar e turismo. A vocação turística começa já pela sua capital, Nairobi, com quase quatro milhões de habitantes. A poucos minutos do centro é possível fazer safáris no Parque Nacional de Nairobi, alimentar girafas e elefantes, bem como visitar programas de reintrodução de animais na natureza. Mas o grande atrativo do Quênia está nas dezenas de reservas e parques nacionais localizados no interior, onde são conservados com todo rigor milhões de animais selvagens. Em nossa passagem por este país, visitamos alguns deles:

Parque Nacional Lago Nakuru

Localizado apenas a 2 horas e meia de Nairobi, o parque nacional lago Nakuru é muito especial, pois mistura savana com selva tropical, facilitando assim a observação dos animais. Nele podemos encontrar as duas espécies de rinocerontes (branco e negro), além de búfalos, javalis, antílopes, zebras e todos os grandes felinos. Aqui, encontramos os famosos leões que dormem sobre as árvores. Eles fazem isso para fugir dos insetos que os atormentam no meio da vegetação rasteira. O lago é lindo e repleto de pássaros. Em alguns lugares as águas são totalmente tomadas por milhares de pelicanos, biguás (cormorão), cegonhas e flamingos. O melhor lugar para observar a região e o lago é do Babbon Clift (penhasco dos babuínos). Os primatas que batizam o lugar estão por toda a parte, sempre prontos a roubar um pouco de comida dos visitantes. Cuidado com eles! Não se aproxime muito. Esta é uma regra importante que vale para todos os animais e para todos os safáris que fizer. Não se deixe enganar pela carinha simpática de um filhote de leão ou pela placidez de um búfalo ou uma zebra. Todos são animais selvagens seguem seus instintos de defesa e auto-preservação. São imprevisíveis e por isto, perigosos. Fique sempre no interior do veículo e os observe com respeito e silêncio. Desta maneira você fará safári super seguro e aproveitará o melhor da África.

Reserva Maasai Mara

A Reserva Maasai Mara é a mais importante do Quênia. Um santuário para milhões de animais com uma área de 1.510 km².  A reserva é toda coberta por suaves colinas forradas por uma savana baixa.  Enxerga-se longe e por isto é mais fácil encontrar grandes manadas. O Maasai Mara é o local de migração de milhões (isso mesmo, milhões) de gnus, zebras e gazela de Thompson. Durante todo o ano eles fazem um percurso circular entre este parque e o Serengeti, na Tanzânia. No início de Agosto eles cruzam o rio Mara e permanecem no Maasai Mara até Outubro. Esta travessia do rio é um dos pontos altos da migração e atrai milhares de turistas. Todo o parque se transforma em um paraíso para fotógrafos e amantes da natureza. Mesmo em outras épocas do ano, podemos ver grandes manadas, além de muitos javalis, girafas, elefantes búfalos e outros animais. Mas este grande desfile de animais não faz somente a alegria dos turistas. Junto com as manadas, chegam também os grandes predadores como o leão, leopardos, guepardo e hienas. Eles vêm atrás da comida farta e fácil. Por isto, a Reserva Maasai Mara é o melhor lugar para observações de carnívoros em ação.  Em apenas um dia  vimos um grupo de 20 leões descansando, dois machos caçando e uma grande família de leões se banqueteando com uma zebra. Incrível! Ao redor da reserva é possível encontrar várias aldeias da tribo Maasai, uma das mais importantes etnias do Quênia. São cerca de 4 milhões de indivíduos, muitos deles ainda vivendo como seus antepassados nômades. Os Maasais são pastores, guerreiros e caçadores. Vivem em aldeias circulares na forma de um grande curral. Eles amam seu gado e o recolhem todas as noites no centro da vila. São muito altos e esguios, orgulhosos de sua cultura e aparência. Sempre estão armados com uma lança, uma faca de dois gumes e uma clava de madeira. São caçadores habilidosos, mas respeitam os animais selvagens e não os utilizam em sua alimentação. Até pouco tempo atrás, para um jovem Maasai ser considerado adulto e poder casar, teria que antes matar um leão. Com o número de Maasais crescendo e os de leões diminuindo, o governo do Quênia proibiu a caça, não só de leões, mas de todo animal selvagem. Sua alimentação é baseada na carne de cabras, leite de vacas e sangue de boi (que misturam ao leite). Outro orgulho dos Maasai é sua música e dança. Eles dizem que o homem que salta mais alto durante a dança consegue as melhores namoradas. Visitar e conhecer o povo Maasai é uma experiência fascinante e imprescindível para quem visita esta região.

Parque Nacional Amboseli

O ponto mais alto da África é o monte Kilimanjaro, que fica na Tanzânia e tem uma altitude de 5.896 metros. É a montanha isolada mais alta do mundo. Por estranho que possa parecer, o melhor lugar para observá-la não é na Tanzânia, mas o Parque Nacional Amboseli, localizado a cerca de 200 quilômetros da capital Nairobi. Ver o monte Kilimanjaro já seria razão suficiente para vir até aqui. O que dizer então se somarmos milhares de animais selvagens passeando pelas suas planícies. Segundo me disseram, aqui estão os elefantes com as maiores presas da África. Ficamos frente a frente com uma grande manada onde dois jovens machos testavam suas habilidade brigando entre si. Foi um espetáculo incrível. Também acompanhamos duas hienas que vierem em nossa direção. Uma delas passou bem ao lado do nosso carro. Tudo muito seguro. Os animais não vêem os carros de safári como um ameaça e não distinguem os humanos dentro deles. Para os animais o carro e as pessoas são uma coisa só, ou seja, um ser maior que eles e, portanto digno de respeito. Vimos também muitos babuínos, girafas, zebras, gazelas e búfalos que passeavam tranqüilos a nossa frente. Como você pode ver, o Quênia é lugar fantástico. O país é simples, porém com uma excelente estrutura turística. Ótimo receptivo, ótimos hotéis, maravilhosos safáris. Por estar próximo ao Equador tem clima temperado durante todo o ano. Chove mais em Março, Abril e Novembro, mas são chuvas rápidas, geralmente no final da tarde ou à noite. Quando vier, faça todos os safáris possíveis e visite pelo menos uma aldeia Maasai.  Se puder, faça um passeio de balão em um dos parques nacionais. Vale a pena!

Para saber mais detalhes, entre no site da Gold Trip – www.goldtrip.com.br. Kwaheri – Tchau!

Confira nossos Pacotes para o Quênia e conheça este maravilhoso destino.

Peter Goldschmidt – Família Goldschmidt
Peter é membro da Família Goldschmidt e diretor-consultor de turismo da agência Gold Trip. www.goldtrip.com.br // www.familiagold.com.br
* Fotos: Família Goldschmidt e André Pereira ** Este diário refere-se a viagem da  Família Goldschmidt  ao Quênia em Junho 2011.

 

 

 

Página original: http://www.goldtrip.com.br/viaje-comigo-africa-quenia/