No programa Norte da Tailândia, vamos continuar nossa viagem pelo continente asiático. Exploraremos Chiang Rai, Chiang Mai e Mae Hong Son. Entre os atrativos que visitaremos estão templos fascinantes como o Templo Branco, Wat Pha Lat e Wat Phra That Doi Kongmu. Além disso, faremos um passeio de elefante, visitaremos uma aldeia das mulheres girafas e teremos um emocionante encontro com tigres. Quer conhecer a Tailândia? Então, Viaje Comigo!

Chiang Rai – Norte da Tailândia

Chiang Rai é uma das maiores cidades do norte da Tailândia, mas tem apenas 70 mil habitantes. Está bem próxima à fronteira de Mianmar e Laos, formando a região conhecida como Triângulo de Ouro. Esse nome foi dado à região por causa da produção clandestina de ópio, que trouxe muita riqueza aos traficantes. Aqui, você pode fazer um passeio de barco pelo rio Mekong até o Laos. Aproveite para conhecer uma feira de produtos locais e também trazidos da China.


Chiang Rai é também conhecida por motivos mais nobres do que o tráfico de ópio. A cidade abriga o Templo Branco, uma das mais impressionantes obras de arte do país. O Wat Rong Khun, ou Templo Branco, foi projetado pelo arquiteto Chalermchai Kositpipat e começou a ser construído em 1997. Seus edifícios são todos pintados de branco com detalhes dourados, e toda a sua decoração é feita por milhões de espelhos, que refletem a luz do sol de maneira espetacular. Este é, sem dúvida, um dos atrativos mais bonitos da cidade.

Wat Rong Khun em Chiang Rai - Norte da Tailândia
Wat Rong Khun em Chiang Rai - Norte da Tailândia

Chiang Mai – Norte da Tailândia

Chiang Mai é a segunda maior cidade da Tailândia, e durante minha estadia, fiz vários passeios incríveis que quero compartilhar com vocês. Primeiramente, visitamos uma comunidade especializada na produção das tradicionais sombrinhas de bambu – foi um espetáculo de habilidade e destreza. Ver o trabalho minucioso dos artesãos foi uma experiência enriquecedora. Outra parada bem interessante foi em uma fábrica de seda, onde pudemos acompanhar todo o processo, desde o cultivo das larvas até a formação dos fios de seda. É impressionante ver a criação de um tecido tão magnífico.

Chiang Mai é conhecida como a capital cultural do norte do país. Fundada no século 13, a cidade ainda preserva as antigas muralhas que cercavam o palácio real. Além disso, possui uma grande quantidade de templos budistas, e o maior e mais belo deles é o Wat Phra That Doi Suthep, localizado no alto de uma grande montanha. Já vou logo avisando: é preciso disposição, pois para chegar ao templo, você deve vencer 306 degraus. O templo Wat Phra começou a ser construído no século 19 e, desde então, recebeu acréscimos de várias pagodas – uma estrutura arquitetônica comum na Ásia, geralmente com uma série de telhados sobrepostos que diminuem de tamanho à medida que a estrutura se eleva. Isso dá a aparência de camadas ou andares. As mais imponentes são as pagodas centrais, todas cobertas por placas de ouro e cercadas de estátuas de Buda, onde as pessoas realizam suas preces, orações e oferendas. Devido ao grande número de templos, é bem comum encontrar muitos monges budistas pelas ruas de Chiang Mai, Eles saem todas as manhãs para receber doações da população. Em agradecimento, eles cantam um mantra para todos que ajudaram. É uma cena que transmite uma paz imensa e faz qualquer um refletir sobre a generosidade.

Antes de terminar o passeio pela cidade, vivenciamos algo incrível, que oferece uma oportunidade única de interagir com um dos mais belos animais das selvas asiáticas: o tigre. O Tiger Kingdom fica um pouco afastado do centro de Chiang Mai e é um centro de recuperação de animais resgatados ou feridos. A melhor forma de chegar lá é com uns carrinhos vermelhos que parecem tuk-tuks. Esses carros ficam circulando pela cidade e possuem adesivos indicando para onde vão, é bem tranquilo. No Tiger Kingdom, você pode escolher em qual área entrar, divididas de acordo com o tamanho dos tigres: recém-nascidos, pequenos, médios e grandes. O tempo dentro da jaula é bem curto, mas inesquecível. O guia te leva para perto de um dos tigres e explica que você pode deitar perto dele, passar a mão e fotografar. É uma experiência única, sentir a proximidade com esses magníficos felinos.

Peter Goldschmidt em Tiger Kingdom - Chiang Mai - Norte da Tailândia
Peter Goldschmidt em Tiger Kingdom - Chiang Mai - Tailândia

Mae Hong Son - Norte da Tailândia

Depois de explorar Chiang Mai, partimos para conhecer a montanhosa fronteira com Mianmar. O caminho até Mae Hong Son é uma aventura por si só, marcada por 1.864 curvas ao longo de apenas 240 quilômetros. Mae Hong Son é uma cidade pequena, com apenas alguns milhares de habitantes, mas repleta de templos. Entre os mais importantes estão três templos budistas. Um deles é o Wat Phra That Doi Kong Mu, famoso por suas grandes pagodas cercadas de Budas dourados. A vista panorâmica de lá é de tirar o fôlego, permitindo avistar toda a cidade.

Outra experiência inesquecível em Mae Hong Son é conhecer o símbolo animal da Tailândia: o elefante asiático. Em uma zona rural próxima da cidade, pude visitar uma família que possui vários elefantes. Esses animais pesam cerca de 500 quilos e são extremamente protegidos na Tailândia. As famílias devem cuidar deles por toda a vida, sem poder vendê-los ou trocá-los. Uma maneira de arcar com as despesas é oferecendo passeios turísticos. Subir em uma cadeirinha no dorso do elefante foi uma experiência divertida e única.

No entanto, o principal atrativo de Mae Hong Son eu descobri não andando em um elefante, mas de barco. Após meia hora descendo o rio Pai, chegamos a uma vila habitada por pessoas com hábitos bem diferentes. As mulheres-girafas, ou mulheres de pescoço longo, são originárias de Mianmar, a antiga Birmânia. Devido à perseguição pelo governo de seu país, elas buscam refúgio na Tailândia. A maioria das pessoas na vila são mulheres, pois os homens ficam trabalhando nos campos na Birmânia e cuidando das casas para evitar que o governo as confisque. Ninguém sabe ao certo por que essas mulheres usam os famosos aros de bronze em seus pescoços. Elas começam a usar os aros por volta dos cinco anos e podem chegar a ter entre 28 e 30 aros ao longo da vida. Algumas histórias dizem que os aros servem para proteger o pescoço contra ataques de tigres, enquanto outras sugerem que é uma questão de beleza, ou até mesmo uma forma de se proteger contra a escravização por homens de outras tribos. Independentemente do motivo, todas as mulheres que conheci foram extremamente simpáticas, tornando o passeio cultural ainda mais enriquecedor. E ainda pude levar para casa um belo artesanato feito por elas.

Peter Goldschmidt e mulher do pescoço longo - Mae Hong Son - Tailândia
Peter Goldschmidt e mulher do pescoço longo - Mae Hong Son - Tailândia

Essa viagem pelo norte da Tailândia foi uma experiência inesquecível. De Chiang Rai, com seu imponente Templo Branco, a Chiang Mai, com suas ricas tradições culturais e templos históricos, e finalmente, Mae Hong Son, com suas paisagens montanhosas e encontros culturais únicos. Cada destino trouxe algo especial. Cada curva na estrada, cada conversa com os locais, cada templo visitado me aproximou mais da essência deste país incrível.

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