Israel é um país de grande herança histórica e cultural, palco de acontecimentos que mudaram o mundo e influenciaram toda a cultura ocidental. Localizado em uma região que une naturalmente a África, Ásia e Europa, a “Terra dos Judeus” sempre foi um local visitado por exploradores, comerciantes e conquistadores. Persas, Romanos, Bizantinos, Otomanos e cavaleiros cruzados deixaram aqui suas marcas, ora construindo grandes monumentos, ora destruindo ícones do passado. Independente de sua fé e de sua religião, visitar Israel é compreender um pouco sobre os acontecimentos que mudaram nossa  forma de ver o mundo.

Jerusalém está situada no limite entre o deserto da Judéia ao leste e as encostas verdes que descem em direção ao mar mediterrâneo ao oeste. Por estar em um lugar estratégico, sempre foi um alvo a ser alcançado por vários impérios e reinos. Já foi sitiada, conquistada, destruída e reconstruída inúmeras vezes.  É também considerada como território sagrado por três importantes religiões e continua sendo disputada por judeus e palestinos.Jerusalém é a capital de Israel, e uma das cidades mais antigas do mundo. Possui cerca de um milhão de habitantes e sua ocupação urbana ultrapassou em muito os limites dos seus antigos muros. Seus habitantes são compostos principalmente por Judeus e Árabes, assim como acontece no restante do país. É uma cidade cosmopolita, cheia de vida e contrastes. Nela se misturam o antigo e o moderno. O secularismo com a religião.

A história antiga de Israel e do inicio do cristianismo está espalhada por todos os cantos da cidade. Ruínas antigas, cemitérios milenares, igrejas e capelas, se espremem por entre vielas que permanecem inalteradas por mais de dois milênios. A história está em toda parte, mas é especialmente reunida em dois importantes museus. Um deles é o Museu de Israel, fundado em 1965. Ele é dividido em várias galerias que misturam peças arqueológicas, com pinturas de grandes mestres e arte moderna. Uma das áreas mais visita é a gigantesca maquete da Jerusalém do tempo de Jesus. Ela reproduz em detalhes as construções existentes na cidade ha 2 mil anos.  Outra galeria muito popular é o Santuário do Livro, onde estão guardados os preciosos Manuscritos do Mar Morto. Os Manuscritos são compostos pode centenas de pergaminhos descoberto nas cavernas de Qumram, nas margens do Mar Morto a partir de 1947. Nele estão preservados algum dos textos mais antigo da bíblia, alguns com mais de dois mil anos de idade. Outro lugar que merece uma visita é o Museu do Holocausto. Construído em concreto, na forma de um longo triângulo, este museu homenageia as vítimas do Holocausto através de fotos, vídeos e objetos da época. Uma de suas alas impressionantes é a Sala dos nomes, construída para lembrar os mais de 6 milhões de judeus mortos neste hediondo momento da história. Ali, fotos de centenas de vitimas estão expostas sobre um cone duplo, um projetado para o céu e outro para a terra. Um lugar que mexe com as emoções dos visitantes.

Jerusalém tem quase 6 mil anos e por isso, possui tesouros arqueológicos espalhados por toda a cidade. Um destes tesouros é conhecido como a Cidade de Davi. Neste sítio de escavações, que continua em plena atividade, foram descobertas as ruínas do palácio do famoso rei David, o segundo rei de Israel. Debaixo do palácio, foram descobertos dois túneis usados para abastecer de água a cidade murada quando ela era sitiada. Um deles, conhecido como Túnel de Ezequias, pode ser visitado e percorrido em toda a sua extensão. Tem mais de 500 metros e foi escavado na pura rocha, com a inclinação exata para abastecer a piscina de Siloé, local onde Jesus realizou um dos seus milagres.

Nem todos os lugares históricos estão dentro de Jerusalém. Belém, a cidade de nascimento de Jesus fica a 10 quilômetros de distância. Ela está dentro de uma área ocupada por Israel desde 1967 chamada Cisjordânia. A cidade é cercada por um grande muro que restringe a livre circulação dos palestinos em Israel, mas não impede à visita de turistas a região. Dentro de Belém pode-se caminhar com segurança e liberdade. O seu maior atrativo é a Igreja da Natividade. Ela foi erguida sobre uma gruta que, segunda a tradição, foi o local do nascimento de Jesus. A gruta é muito pequena e para chegar até ela é necessário enfrentar uma fila que pode demorar até duas horas. É um dos locais mais visitados pelos peregrinos e turistas.

Outro local muito visitado é o Monte das Oliveiras, uma colina situada em frente à parte antiga de Jerusalém. Segundo a Bíblia, foi dali que Jesus ascendeu ao céu. Hoje, a colina ainda preserva seus olivais, embora boa parte deles tenha sumido para dar lugar a um bairro árabe e a um imenso cemitério judeu. Nas encostas que ficam de frente para Jerusalém, as torres de algumas igrejas se sobressaem por cima do verde bosque. Isto é bem comum não só em Jerusalém, como também em todo Israel. Os lugares considerados sagrados foram ocupados  por igrejas, mesquitas e sinagogas. Independente de sua religião, vale a pena conhecê-las e apreciar suas arquitetura e história. Umas delas é a igreja Dominus Flevit, que marca o local onde Jesus profetizou que Jerusalém seria destruída. Outra é a igreja de Todas as Nações, também conhecida como Igreja da Agonia. Ela está ao lado do Getsêmani, jardim de oliveiras onde Jesus passou sua última provação.

A cidade antiga é certamente o ponto mais visitado de Jerusalém. Esta área de apenas 1 km² esta cercada por muros otomanos, erguidos no século 16. A cidade antiga é divida em quatro bairros, a saber: Cristão, Judeu, Árabe e Armênio. Cada um deles tem características próprias em termos de arquitetura, cultura e gastronomia. É preciso caminhar pelas suas ruas e vielas para se entender sua complexidade e apreciar sua beleza.  Embora toda a cidade antiga seja interessante, alguns lugares são mais concorridos devido a sua história e importância religiosa. Um deles é a Via Sacra ou Via Dolorosa. Este trajeto abrange várias ruas e marca o percurso feito por Jesus desde sua condenação até sua morte e sepultamento. Nele existem 14 estações, marcadas por igrejas e capelas. A igreja do Santo Sepulcro é uma delas. Por marcar o lugar onde Jesus foi sepultado é uma das mais visitadas e onde se vêem as maiores expressões de fé.

O outro lugar muito visitado dentro da antiga Jerusalém é o Muro das Lamentações, lugar sagrado para o Judaísmo.  O muro das lamentações é na verdade parte dos fundamentos do antigo templo. Nele os judeus se reúnem diariamente para adora e pedir. O muro é divido em duas partes, uma separada para as mulheres e outra para os homens. Muitos visitantes de outras religiões também freqüentam este lugar e deixam nas fendas das antigas rochas seus pedidos e orações.

Como você pode perceber Jerusalém é um lugar complexo e encantador. Séculos de história se misturam com ícones religiosos, fazendo desta cidade um dos lugares mais interessantes da terra. Visitar Jerusalém é uma oportunidade única de entender um pouco da nossa própria história e dos conflitos que abalaram e ainda sacodem o nosso mundo. Recomendo ficar de 3 a 4 dias nesta cidade e aproveitar para conhecer também outros atrativos na região.

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Peter Goldschmidt

 

Jeruslem - Orações no Muro das Lamentações Jerusalem - Saida do Tunel de Ezequias
Jerusalem - Rua da Cidade Antiga Jerusalem - Religioso
Jerusalem - Gruta da natividade Jerusalem - Café no bairro árabe
Jerusalem - Muro das Lamentações Jerusalem - Igreja da Agonia
Jerusalem - Domo da Rocha Jerusalem - Santuário do livro

 

 

 

 

 

 

Página original: http://www.goldtrip.com.br/viaje-comigo-israel-jerusalem/