Arequipa e Canion de Colca

 


Arequipa e Canion de Colca

Continuando nossa viagem pelo Peru, vamos visitar hoje dois destinos muito interessantes. O primeiro deles é Arequipa, a segunda maior cidade do Peru, com 850 mil habitantes. Uma jóia da arquitetura colonial em meio a Cordilheira dos Andes. Nossa outra parada será no Cânion de Colca, considerado o segundo cânion mais profundo do mundo e lar do místico Condor. Bem vindo a bordo!

 

 

Arequipa

Arequipa foi fundada em 1540 e é uma das cidades mais antigas da América do Sul, palco de revoluções e conflitos. Sua principal característica é a bem preservada arquitetura colonial dos séculos XVI e XVII, apesar da cidade ter sofrido vários terremotos. Arequipa possui mais de 39 igrejas ricamente decoradas. Muitos dos seus altares são cobertos de folhas de ouro (chamadas de Pan de Oro), além de imagens barrocas e altares de prata pura. Suas ruas são estreitas, repletas de casas coloniais e sacadas.  Arequipa é também conhecida como “Cidade Branca”, pois grande parte de suas construções foram feitas usando uma pedra vulcânica esbranquiçada chamada “Sillar”, encontrada em dois vulcões da região. Esta pedra tem a vantagem de ser muito resistente e ao mesmo tempo fácil de ser trabalhada. A igreja de Yanauhara é um exemplo disto. Construída no século XVI, tem sua fachada toda decorada com figuras nativas, um estilo conhecido com Barroco Mestiço.

A praça central do distrito de Yanauhara é um ótimo lugar para se observar os vulcões que cercam a cidade, alguns deles com mais de seis mil metros de altura. Dentre estes vulcões podemos citar o Chachani, Pichu-Pichu e Misti, o mais próximo, estando a apenas 17 quilômetros da praça principal. Foi nesta praça que experimentamos o “Queso Helado Charito”, que de queijo (queso) não tem nada, só o formato. É um sorvete de baunilha com canela. O curioso é que o gelo onde é preparado é trazido diariamente do alto de um dos três vulcões mais próximos.

Um bom lugar para se fotografar a cidade e seus arredores é o mirante de Carmen Alto. Ali existe um pequeno mercado onde conhecemos dois produtos típicos do Peru. Um é a Maca, fruta produzida na floresta amazônica e depois transformada em licor, balas ou pó. É considerado o Viagra natural do Peru e muito consumida em todo o país. Conhecemos também o Cuy, um animal igual ao nosso porquinho da Índia, usado no Brasil como animal de estimação. Aqui, o “Cuy”, é uma iguaria gastronômica, muito consumida em festas tradicionais. A arqueologia comprova que seu consumo como alimento remonta a quatro mil anos atrás.

Caminhar pela cidade de Arequipa é fácil e muito interessante. Na Plaza de armas você pode se misturar com a população local e aprender muito sobre seus costumes. Veja alguns lugares que recomendo conhecer em sua visita a esta cidade:

Monastério de Santa Catalina
Uma verdadeira cidade entre muros. Construído apenas 10 anos depois da fundação da cidade, hoje cobre uma área de 20.400 metros quadrados. Por volta de 1650 era uma honra para as famílias coloniais ter uma filha religiosa. Por isto, pagava-se um grande dote à igreja para que as meninas pudessem se tornar freiras Dominicanas. Elas entravam no monastério com suas serviçais e ali ficavam reclusas até o final de suas vidas. Hoje o Monastério tem sua maior parte aberta ao turismo e apenas uma pequena aérea reservada às 24 freiras que ainda vivem ali.

Catedral de Arequipa
Um monumento digno de ser visitado. Construída em 1621, possui estilo Neoclássico e está localizada em frente a Plaza de Armas. Vários outros prédios coloniais e igrejas são encontrados ao redor da praça.

Museu Santuários Andinos
Também conhecido como Museu da múmia Juanita é um local de deve ser visitado. Ali estão expostas as múmias de 3 crianças encontradas congeladas no alto do vulcão Ampato. Uma das múmias foi apelidada carinhosamente de Juanita. Esta menina, que deveria ter entre 12 a 14 anos quando foi morta, foi deixada como oferenda no alto do vulcão há mais de 500 anos. Encontrada congelada em 1995 (junto com outros sacrifícios humanos), se tornou um dos maiores achados arqueológicos deste período. Sua fama correu o mundo e ela também. Juanita já foi levada para os Estados Unidos, Europa e até para o Japão.

Cânion de Colca

A base para se conhecer o Cânion de Colca é a cidade de Chivay, a cinco horas de carro desde Arequipa. A viagem para esta região é por si só um passeio, pois atravessa o altiplano passando por pequenas vilas, grandes formações rochosas e com paradas em várias feiras de artesanato.  No caminho pudemos observar vários animais típicos como as lhamas e vicuñas pastando nos vales verdes entre as montanhas calcinadas pelo sol.

O caminho, depois de ultrapassar uma cordilheira com cinco mil metros de altura, desce até a parte alta do Vale de Colca, a 3.300 metros. Ali está Chivay, uma autêntica vila andina com praça central, igrejinha, feira e mercado de produtos típicos. Na vila e em todo vale do Colca as mulheres se vestem de maneira tradicional. Usam quatro saias, dois coletes e um chapéu bordado. Tudo muito colorido. As que moram na parte mais alta do vale de Colca, usam chapéu de copa alta e motivos tirados da fauna e flora da sua região. As mulheres da parte baixa usam um chapéu com copa mais arredondada e de abas caídas. Os motivos dos bordados também são diferentes. Detalhe: As solteiras usam um adorno no lado direito do chapéu. As casadas usam dois, um de cada lado. Tenho certeza que isto evita muita confusão. Na cidade existe um conjunto de termas ao lado de um pequeno museu, o que ajuda e entender melhor a região e também a relaxar o corpo de depois da longa viagem.

A visita ao cânion fica para o dia seguinte a chegada em Chivay. Primeiro porque o caminho até a parte mais profunda do cânion e longo e sinuoso. Depois porque os condores, personagem central deste passeio, só aparecem no final da manhã. É muito mais difícil vê-los à tarde.

Durante a viagem ao local de observação, passa-se por várias vilas. Uma delas é o povoado de Yanque, ainda na parte alta do vale. Na praça central encontramos várias pessoas com trajes típicos esperando pelos turistas. Alguns deles dançavam Wititi (a dança do amor) ao redor de uma fonte. Esta dança representa uma lenda onde um general Inca se vestiu de mulher para raptar uma princesa do Colca. Outros moradores traziam seus animais de estimação para serem fotografados. Os animais de estimação deles são um pouco diferente dos nossos.  Eu tenho gatos e um cachorro. A senhora que fotografei tinha uma coruja e sua amiga uma águia andina. A maioria destes animais foi encontrada machucada ainda como filhotes e assim adotada pelas famílias.

Conforme se avança, o vale vai se tornando mais profundo e largo,  até se transformar no Cânion de Colca, que na sua parte mais profunda tem 4.280 metros deste o topo da montanha até o rio. Perto dali está a “Cruz del Condor”, um mirante natural considerado o local ideal  para se observar o vôo do Condor. O Condor é a maior ave do planeta com uma envergadura que supera os 3 metros e vive em média 70 anos. Vivendo nas regiões de altas montanhas ele praticamente não bate as asas, usando o vento e as correntes térmicas para planar. É um vôo majestoso e suave. O Condor está quase extinto em alguns países andinos, mas aqui no Cânion de Colca ele aparece com freqüência. O melhor horário para observá-lo é entre as 9 e 11 da manhã, horário em que as correntes termais emergem do fundo do vale.

Arequipa e o Cânion de Colca são destinos que podem ser visitados em três dias, embora eu recomende passar pelo menos um dia a mais na região. Para saber mais sobre este destino entre no site da Gold Trip – www.goldtrip.com.br

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Peter Goldschmidt
Peter é membro da Família Goldschmidt e diretor-consultor de turismo da agência Gold Trip. www.familiagold.com.br //www.goldtrip.com.br

   
   
   
   
   
   

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Nazca

 

 

Peru – Nazca e suas misteriosas linhas 

Nossa viagem pelo Peru continua atravessando o deserto que cobre o sul do país. Nossa parada de hoje é em Nazca, uma cidade batizada com o nome da cultura que dominou esta região no primeiro milenio. O Povo Nazca nos deixou uma rica herança cultural, na forma de ricos tecidos, cerâmicas, piramides escalonadas e as impressionates linhas e desenhos espalhados pela árida planície.

A cultura Nazca floresceu no deserto aproximadamente em 100 a.C. e permaceu por mais 900 anos. Este antigo povo, versado na arquitetura e na astronomia deixou nas areias do deserto obras que resistem ao tempo e as intempéries. O clima seco, a ausência de chuvas e os ventos amenos preservaram sítios arqueológicos importantes como, por exemplo, Cahuachi, a capital do império Nasca, assim como as famosas linhas que cobrem quilômetros do deserto. Os Nazca logo descobriram que a água não corria por cima da terra e sim através de lençóis freáticos. Com muita técnica construíram aquedutos subterrâneos captando a água que descia das serras e as conduzindo para suas plantações e casas. Estes túneis foram construídos com pedras e cobertos por uma madeira muito dura chamada Huarango. Esta madeira é tão resistente que ainda hoje os aquedutos continuam a ser utilizados pela população e a madeira original continua firme, sem apodrecer. Para manter os canais abertos os Nascas construíram poços de manutenção em forma de espiral, facilitando assim o acesso aos túneis. Alguns têm até 12 metros de diâmetro e cerca de 5 metros de profundidade.

A herança mais famosa dos Nazca são sem dúvida as linhas e os desenhos feitos a cerca de 1.500 anos atrás e que se estendem por dezenas de quilômetros sobre uma planície seca e calcinada. As linhas e figuras geométricas são muito maiores do que os desenhos. Algumas linhas têm até 20 km de comprimento e ultrapassam a planície subindo e descendo montanhas. São perfeitamente retas e muitas delas se cruzam entre si. Alguns dizem que foram feitas por extraterrestre, mas a teoria mais aceita (e que também acredito) é de que algumas linhas (30% delas) apontavam para fontes de água, as figuras geométricas eram lugares de cerimônias religiosas e que os desenhos de animais e algumas linhas marcavam a posição do sol, da lua e das estrelas em diferentes épocas do ano, como os solstícios de verão e inverno. Com estas informações, os Nascas podiam prever as chuvas, ventos e consequentemente, saber a melhor época para plantar e colher. As figuras, geralmente bem menores (de 10 a 300 metros) estão espalhadas entre as linhas e parecem representar as constelações celestes. Elas são desenhadas uma única linha continua como se fosse um fio desenrolado sobre o chão. Há um só inicio e um só final. Muitos estudiosos crêem que os desenhos eram usados em rituais de adoração e sobre eles adoradores caminhavam em procissão homem após homem. Quando faziam isto, tornavam as linhas mais profundas e marcantes, agradando assim a seus deuses. Muito interessante!

A melhor maneira de se observar as linhas é certamente pelo ar. Por isto fomos bem cedo até o aeroporto da cidade e embarcamos em um monomotor para sobrevoar o Pampa de San José, a planície onde estão grande parte das linhas. São mais de 300 desenhos e figuras espalhadas por quase 500 km quadrados. Recentemente, foram descobertos ainda mais desenhos na planície da Palpa, à uma hora de vôo de Nasca o que aumenta ainda mais a área a ser estudada. Nosso sobrevôo se resumiu às linhas de Nasca e demorou cerca de meia hora. Pudemos observar de perto (a apenas 100 metros do chão) os principais desenhos e figuras de Nasca. O vôo não teve turbulência, mas as curvas fechadas que o pequeno avião faz para mostrar aos passageiros as linhas, não são para qualquer um. O nosso piloto, Capitão Ricardo, se mostrou muito habilidoso e capaz. Durante o vôo tivemos uma real noção da grandeza das linhas. Notamos que muitas delas foram apagadas pelo tempo e pelas raras pancadas de chuva. Assim mesmo, elas impressionam pela quantidade e precisão. Quanto aos desenhos, os mais interessantes foram às figuras do macaco, da aranha e do colibri. Muitas linhas e desenhos estão sobrepostos e as linhas mais longas sobem e descem montanhas, se estendendo por vários quilômetros. Sem dúvida o sobrevôo é a maneira de se observar as linhas. Para entendê-las melhor, ontem e hoje fomos conhecer as linhas de perto, desde o chão. Para construí-las, os Nascas retiraram a camada superior do solo removendo as pedras escuras que cobrem a superfície. As maiores linhas não têm mais do que 30 centímetros de profundidade. A camada inferior é mais clara do que a superfície escura e este contraste faz com que as linhas sejam visíveis a dezenas de quilômetros. Nesta altura, você deve estar se perguntando: Como elas sobreviveram 1.500 anos?  A explicação é que a ausência de chuvas, o que evita a erosão e os ventos amenos mantêm a superfície da planície sempre limpa de areia.

As linhas de Nasca foram descobertas no começo do século XX, quando os primeiros vôos comerciais atravessaram a região, mas só foram realmente estudadas com a chegada da matemática alemã Maria Reiche na década de 50. Maria dedicou quase 50 anos de sua vida ao estudo, preservação e divulgação deste impressionante sítio arqueológico. No inicio, ela vinha sozinha, onde passava vários dias no deserto fazendo medições e limpando as linhas com uma vassoura. O povo da cidade não entendia o que ela estava fazendo e a apelidaram de “Gringa Loca” por estar sempre varrendo a areia. Seu empenho e persistência foram recompensados. No final da sua vida ela já era reconhecida mundialmente como a “Dama das linhas” e considerada uma verdadeira heroína pelo povo peruano e pela população local. Sua pequena casa no deserto se converteu em um museu e varias ruas, prédios e até o aeroporto de Nasca levam seu nome. Foi ela que desenvolveu a teoria de que as linhas são um grande mapa astronômico representando constelações e marcando os movimentos dos astros. Seus últimos anos foram passados no Hotel Nasca Lines que lhe cedeu um apartamento. Hoje, o hotel possui um pequeno planetário onde todas as noites são feitas projeções sobre as linhas e o trabalho de Maria Reiche.

Não podemos deixar Nazca sem mencionar a necrópole de Chauchilla, também conhecida como cemitério de múmias. Nesta planície extremamente árida os Nascas, e depois a cultura Ica-Chincha, depositaram seus mortos na forma de múmias, todos envoltos em ricos tecidos e cercados por seus bens, cerâmicas e jóias. Infelizmente os ladrões de tumbas (Huequeros em espanhol) chegaram antes dos arqueólogos e todas as tumbas foram profanadas. Com isto, a maioria dos tesouros se perdeu e o que sobrou foram ossadas e tecidos espalhados por todo o vale. Os arqueólogos reuniram o que puderam e colocaram novamente nas tumbas, mas muitos ossos, tecidos e pedaços de cerâmica continuam espalhados pela areia. Hoje Chauchilla é o único museu de múmias a céu aberto no mundo.

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Peter Goldschmidt
Peter é membro da Família Goldschmidt e diretor-consultor de turismo da agência Gold Trip. www.familiagold.com.br //www.goldtrip.com.br

 

 

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Ica e Paracas

 

Peru – Ica, Paracas e Ilhas Ballestas

Nossa expedição pelo Peru agora segue em direção ao deserto que cobre o sul do país. Neste trecho da viagem visitaremos a cidade-oásis de ica, suas vinícolas e a reserva de Paracas junto com as ilhas Ballestas. Preparado?
Então acompanhe abaixo os melhores momentos do nosso diário de bordo.

Ica
Hoje saímos cedo, mais uma vez atravessando o deserto, em direção a Ica, localizada uns 300 km o sul de Lima. Na verdade toda a costa peruana é um grande deserto com 2.700 km de extensão. Este deserto é cortado por 55 rios que formam grandes vales por onde passam. E como “onde há água há vida”, estes vales estão repletos de cidades e plantações de todos os tipos de frutas, verduras e legumes.

Ica está em um destes vales, habitado há quase 2 mil anos (pela cultura Paracas). Hoje, esta cidade cercada de dunas é reconhecida como produtora dos melhores vinhos peruanos. São mais de 80 vinícolas artesanais e 3 industriais. A mais conhecida delas é a Tacama. Usando técnicas de irrigação e água do subsolo, os peruanos transformaram areia em vinhos conhecidos em todo o mundo.

Aqui também é produzida a bebida nacional peruana, o Pisco, feito a partir da fermentação da uva. Visitamos a vinícola El Catador, considerada uma das melhores da região. Conhecemos todo o processo de fabricação, incluindo o lagar onde as uvas são pisadas, a prensa, os tanques de fermentação e de destilação. Apesar de não beber nada de álcool, achei o processo interessante. O nome Pisco vem de uma palavra Quéchua que quer dizer ave. Pisco também é o nome das jarras de cerâmica, de formato cônico onde a bebida era armazenada para a fermentação. Daí, por associação, surgiu o nome desta aguardente.

No caminho a Ica fizemos uma parada na cidade de El Carmen, a convite de nosso amigo César, da Fiesta Tour. Esta cidade é conhecida por ter a maior população negra do Peru. Apesar de ter sido colonizada por espanhóis, foram os portugueses que trouxeram para a região os primeiros escravos, vindo de Angola para trabalhar nas fazendas de algodão. Nesta cidade a cultura africana é preservada com orgulho. As danças e as músicas adaptadas à cultura peruana estão sempre presentes. Nas ruas e praças os meninos fazem exibições de sapateado (mesmo descalços) para os turistas. Foi em El Carmen que conhecemos a Família Ballumbrosio, cujo patriarca o Sr. Amador é considerado um ícone da cultura negra no país. Seus filhos e netos viajam o mundo difundindo as músicas e danças afro-peruanas. Um deles fez uma apresentação especial em sua casa com instrumentos típicos como a queixada de burro e o “Cajon”, uma caixa madeira oca usada como instrumento de percussão.

Paracas
Dormimos no oásis de Huacachina em Ica e saímos bem cedo em direção a Paracas (50 km), a mais importante reserva marinha do Peru. Embarcamos em uma lancha para conhecer as ilhas Ballestas, um santuário da vida selvagem. No caminho, fizemos uma parada para conhecer o “Candelabro”, um gigantesco desenho de 70 metros de altura feito na encosta de uma montanha. Ninguém sabe quem o fez, nem porque, só sabem que esta lá a mais de 500 anos. Por causa da terra calcinada, a ausência de chuva e da direção do vento a figura que parece um cactus, continua lá e serve como referência e guia para os pescadores da região.

Seguimos mais 15 minutos no barco até uma das Ilhas Ballestas, que como disse é uma reserva marinha. Ali, milhares, isto mesmo, milhares de aves se reúnem para se acasalar e criar seus filhotes. Nunca havia visto tantas aves juntas. Em alguns lugares não se via nem o chão, apenas uma massa negra que se movia de um lado para o outro. No céu, bandos e bandos de aves voam em todas as direções. Algumas em formações em V, outras de modo aleatório.  Pelicanos, gaivotas, cormoranes, enfim, um grande número de espécies dividindo os mesmos rochedos. A ilha é formada por um basalto vermelho e coberta por uma capa branca de excrementos de aves. Este, chamado de Guano, é um dos fertilizantes mais eficazes do mundo e também um dos mais caros.  São tantas aves (e tantos excrementos) que o Guano já foi, no passado, um dos principais produtos de exportação do país. Hoje as ilhas são protegidas e o governo só retira o Guano a cada 10 anos para evitar estresse nas aves. Além das aves, as ilhas Ballestas, também são o lar de uma grande colônia de leões marinhos e pingüins de Humboldt. Estes pingüins, menores do que os pingüins de Magalhães, só conseguem viver nesta latitude devido à corrente de Humboldt, uma corrente fria que vem desde a Antártida, seguindo a costa  oeste da América do Sul. Esta corrente é rica em fito plâncton, nutriente capaz de atrair grandes cardumes de peixes. Estes peixes, por sua vez, atraem as aves, os lobos e os pingüins. Terminado esta cadeia (de atração), estes animais nos atraem a nós, os turistas, prontos para registrar com nossas câmeras as belezas naturais da reserva de Paracas.

Terminado nosso tour, fomos até a cidade de Pisco, a que mais sofreu com o terremoto de 2007. Visitamos alguns bairros e vimos que um ano depois da tragédia ainda há muito que fazer. Ruas cobertas de entulhos, prédios com rachaduras e famílias vivendo em casas improvisadas são um retrato dos bairros mais atingidos. Creio que levará anos para reconstruir o que o terremoto levou minutos para derrubar.
No meio da tarde resolvemos conhecer o deserto por dentro. Para isto, embarcamos em veículos preparados para a areia, chamados aqui de “Tubulares”. O Peru tem 2.700 km de costa e grande parte dela coberta por desertos. Na sua maioria os desertos são rochosos ou de terra, mas aqui em Paracas, devido a vento constante, formam-se grandes dunas de areia. Pensei que seria um passeio tranqüilo pelas dunas. Ledo engano. Perto do que fizemos com estes carrinhos a montanha russa do Hopi Hari parece um carrossel. O “Tubular” subiam em alta velocidade as imensas dunas de areia, somente para descer (ainda em grande velocidade) dezenas de metros do lado oposto. Só vendo par crer. A habilidade do Mário, nosso piloto e dono da empresa, nos impressionou. Em determinado momento ele desceu conosco (para nosso pavor) uma duna de 150 metros em diagonal. Eu tinha a impressão de que o carro iria capotar a qualquer momento. Mas não, tudo foi calculado e planejado com antecipação. Apesar da extrema emoção os riscos são mínimos. Quando pensamos que tudo havia terminado, paramos no alto de uma grande duna e o Mario nos entregou pranchas de Sandboard. Todos descemos sentados e a uma grande velocidade. O Erick e a Ingrid tentaram descer em pé, mas tomaram tombos homéricos. Gravei tudo em vídeo e depois mostro para vocês.  Para terminar o passeio eu, a Sandra e o Erick descemos uma duna ainda maior, que tinha uns 140 metros de altura. Atingimos uma velocidade de 60 km por hora sentados em cima das pranchas. Todos chegaram sãos e salvos. Vocês precisam experimentar!

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Peter Goldschmidt

Peter é membro da Família Goldschmidt e diretor-consultor de turismo da agência Gold Trip. www.familiagold.com.br //www.goldtrip.com.br

 

 

 

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Hauraz

 

Peru – Huaraz e a Cordilheira Branca

Nossa viagem pelo Peru continua. Hoje vamos conhecer a região de Huaraz, onde está a cordilheira Branca. No caminho, fizemos um parada para conhecer Caral, uma das ruínas mais antigas de todo continente americano. Abaixo separei alguns trechos de nosso diário de bordo desta viagem feita em 2008. Espero que gostem. Boa viagem!

Ontem saímos muito, muito cedo de Lima em direção a Huaraz, capital da província de Ascash. Parte do caminho foi pela costa, passando por pequenas cidades e longos trechos de puro deserto. Em certo ponto, viramos em direção às montanhas com o objetivo de chegar a Caral, as ruínas da civilização mais antiga de que se tem notícia nas Américas. Descoberto nos anos 50 e explorada somente agora, Caral é um jóia arqueológica com 5 mil anos de idade e composta por 9 pirâmides escalonadas, a maior delas com quase 30 metros de altura. O lugar ainda está sendo escavado e a cada dia se fazem novas descobertas.

 

Huaraz está localizada no Callejon de Huaylas, um lugar onde a Cordilheira dos Andes de divide em duas. De um lado segue a Cordilheira Negra, com picos que se elevam até os 5.800 metros, todos sem neve. Do outro lado está a Cordilheira Branca com 32 picos acima dos 6 mil metros e coberta de neve eterna e glaciares. O mais alto deles é o Huascaran com 6.768 metros, a terceira maior montanha das Américas. Entre as duas cadeias de montanhas corre o rio Santa, que traz vida e prosperidade às inúmeras vilas do vale. A Cordilheira Negra é essencial para a existência da Branca, pois é ela que recebe e absorve o ar quente e salgado que vem do oceano. Quando recebe neve, esta não dura mais do que dois dias. Ela serve de proteção para a Cordilheira Branca onde a neve nunca desaparece.

Huaraz, a principal cidade do vale e capital do estado de Ancash tem hoje 80 mil habitantes. E a cidade base para as centenas de turistas que chegam para visitar a região ou para praticar escalada e trekking. São 38 diferentes trilhas que cortam cânions e vales das duas cordilheiras. Sentimos os efeitos da altitude assim que chegamos. O Soroche, com é chamado o mal das alturas, produz mal estar, enjôo, dor de cabeça e até desmaios. A melhor maneira de evitá-lo é fazer refeições leves, caminhar devagar, beber muita água e tomar constantemente o chá de folha de coca. Ao contrario do que muitos pensam, a folha de coca não é alucinógena e não tem efeitos colaterais. Pode também ser mascada. Usada a milhares de anos pelos povos andinos é praticamente uma instituição andina. Sem ela é muito difícil fazer alguma atividade por aqui.

Passamos por várias vilas, algumas delas com grandes feiras dominicais. Na vila de Yuncay, decidimos conhecer um delas e percorremos as barracas em busca de produtos da região e pessoas com vestimentas típicas para fotografar. Não era fácil, pois ou as pessoas viravam os rostos ou pediam “propina” (gorjeta) para se deixar fotografar. Mesmo assim conseguimos boas fotos. Descobrimos que as feiras não são feitas para turistas estrangeiros, normalmente mais altos que população local. A todo o momento eu ficava enroscado em tendas baixas e fios que cruzavam a rua a 1,70 m de altura (tenho 1,86). Tive que ter muita atenção para não levar um choque ou morrer enforcado. Em certo momento, vi uma senhora vendendo raspadinha de gelo. Até aí nada de mais. O inusitado é que o gelo não era produzido na cidade e sim trazido de um glaciar a quase 5 mil metros de altura. Retirado com picareta e transportado em lombo de burro, demorava 2 dias para chegar até a feira. Era um pedaço de gelo formado há centenas de anos que virava uma raspadinha de 80 centavos. Incrível!

Nossa visita à feira foi na verdade na vila de Nueva (nova) Yungay. A velha (Yungay) já não existe mais, se transformou em um enorme cemitério. Vou explicar: Em 31 de Maio de 1970 houve um grande tremor na costa peruana. Este tremor alcançou os Andes e causou vários desmoronamentos. O maior deles foi a queda de uma parte do cume do Huascaran. Em 5 minutos, uma torrente com 57 milhões de metros cúbicos de rochas, água e gelo desceu pelo vale arrasando tudo o que encontrava no caminho. E no caminho estava a cidade colônia de Yungay, na época com 28 mil habitantes. Em segundos tudo foi coberto por lama e gelo matando, quase que instantaneamente, 25 mil pessoas. Da cidade original, ironicamente, a única que sobrou foi o cemitério, construído em cima de uma colina. Ali foram encontrados cerca de 80 sobreviventes que tiveram tempo de se refugiar. Como não havia como resgatar os mortos, todos foram deixados no local onde morreram soterrados e a área da antiga cidade convertida em um gigantesco cemitério. Ao caminhar por entre as rosas plantadas e as cruzes colocadas sobre onde antes existiam casas, sentimos uma sensação estranha. Ainda se pode ver os restos da igreja e 4 das 36 palmeiras da praça principal enterradas sob 5 metros de terra. Um ônibus literalmente dobrado em dois é uma das poucas evidencias visíveis da força da natureza. Enormes pedras brancas trazidas do alto da cordilheira jazem por toda parte como testemunhas silenciosas da tragédia. Enquanto gravávamos a Sandra gritou: Avalanche! Olhamos para traz assustados a tempo de gravar uma enorme avalanche de gelo no cume do Huascaran. Ficamos em silencio e apreensivos enquanto víamos aquela enorme nuvem branca descer até a base do glaciar. Ufa, foi só uma pequena amostra do que aconteceu há 38 anos atrás.

Passado o susto, subimos em direção ao Parque Nacional Huscaran, mais precisamente a Quebrada de Llanganuco, entre o Huascaran e Huandoy com 5.793 metros. Subimos pelo vale por uma estrada sinuosa até 4 mil metros onde paramos em um mirante. Dali pudemos observar quatro grandes nevados, todos acima dos 6 mil metros e o vale abaixo com dois grandes lagos. Ao descer, notamos que por toda a volta havia grandes pedras que rolaram do alto dos paredões de granito durante algum dos vários terremotos da região. Passamos por um desmoronamento que havia matado 15 turistas Checoslovacos. No vale paramos em duas lagoas para fotografar e admirar sua beleza. A primeira foi Orconconcha, com águas esverdeadas e com muitas aves. A segunda, Chinanconcha, tinha águas azul-turquesa devido à sua origem glaciar. Pareciam pintadas no Photoshop. Suas margens estavam cheias de Polilephis, uma árvore andina também conhecida com árvores-folha, pois seu tronco descasca como folhas de papel.
Por volta das onze horas chegamos a Chavin de Huantar, onde estão as principais ruínas da civilização Chavin. Este povo foi a primeira civilização andina e surgiu por volta do ano 1.500 a.c. É considerada até hoje a civilização matriz de outras culturas andinas, inclusive dos Incas. Isto aconteceu porque os povos que viveram posteriormente absorviam os conhecimentos do povos conquistados, usando muitas das suas técnicas de arquitetura, assim como conhecimentos matemáticos e de astronomia.

As ruínas de Chavin de Huantar é a mais bem preservada, embora tenha sido muito danificada pelas intempéries ao longo dos anos. Chavin era um centro religioso e de peregrinação. O povo vinha até ela para apresentar oferendas e para saber previsões sobre a lavoura e a sorte. Os Chavin eram um povo religioso e destemido e ficaram conhecidos por não se entregar facilmente aos seus invasores. Suas gravuras mostram sacrifícios humanos, desmembramentos e mutilação de prisioneiros. As ruínas de seus palácios e cidades estão espalhadas principalmente pela região norte do Peru. A principal delas é a que visitamos hoje, o complexo arqueológico de Chavin de Huantar, repleto de labirintos, pirâmides e templos. Há muitas câmaras e passagens subterrâneas. Em uma delas encontramos o totem de um ídolo muito bem preservado. Uma das características destas ruínas é presença de “Cabezas Clavas”, figuras de pedra com feições felinas incrustadas nas paredes. Até hoje não existem pistas sobre as razões de sua decadência por volta do ano 500  D.C.

O dia começou com sol e logo cedo saímos para uma viagem de 80 km até o Glaciar Pasto Ruri, nossa última parada na cordilheira Branca. Assim que saímos da rodovia principal e entramos no desvio de terra, um imenso e verde vale pontilhado de carneiros e vacas surgiu à nossa frente. Começamos então a subir até a entrada do Parque Nacional Huscaran (Setor Carpa) que fica a 4.200 metros de altura. Entramos então em outro vale cercado de altas montanhas. Pelas marcas deixadas nas paredes rochosas (chamados de morenas) não foi difícil perceber que todo o vale havia sido esculpido pelo gelo de glaciares em um passado remoto. Viemos para este parque justamente para registrar como os glaciares e as neves eternas estão sendo afetadas pelo aquecimento global. A ausência de glaciares em algumas regiões do vale já denunciava que algo grave esta acontecendo.

Subimos pela estrada sinuosa até avistarmos o glaciar Huarapasca, com sua franja branca pendendo a 6 mil metros sobre o vale. Olhando a sua volta, logo notamos quanto ele recuou do seu tamanho original. Mesmo assim ainda é um espetáculo impressionante de se ver. A Sandra saiu do veiculo literalmente em lágrimas, emocionada com tanta beleza reunida em um só lugar. Eu fiquei tão desnorteado ao vê-la chorar que esqueci de gravar seu depoimento espontâneo, mas suas palavras irão ficar guardadas comigo para sempre.

Esta parte do Parque Nacional de Huascaran é bem diferente da outra que visitamos dias atrás em Yungay. Lá estávamos cercados de altas e imponentes montanhas, porém muito abaixo do nível da neve. Aqui, no setor Carpa a estrada segue na altura dos glaciares e muito mais perto do gelo. Desta maneira, podemos perceber toda a força da natureza contida nestes rios gelados. Para mim, a impressão causada por um glaciar é semelhante a de estar aos pés das Cataratas do Iguaçu, embora o glaciar expresse sua força em silêncio.

Seguimos cada vez mais para o alto até 4.800 onde tivemos que deixar nosso transporte. O tempo começou a esfriar, então compramos de uma vendedora local luvas e gorros.

O glaciar Pastoruri já era bem visível acima de nossas cabeças. Faltavam ainda quase 2 km de trilha e 200 metros de altitude para chegar até sua base. Já aclimatados, não tivemos problemas com a altitude. O tempo começou a fechar e para economizar tempo (e energia) alugamos cavalos para fazer parte do percurso. Depois de um ponto os cavalos não puderam mais seguir e completamos os últimos 600 metros a pé. Nesta altitude, este pequeno trecho nos tomou um tempo considerável, tanto porque tínhamos que caminhar lentamente para não sofrer as conseqüências do Mal da Altura (Soroche), tanto porque gravamos em detalhes toda nossa escalada.

No meio da caminhada começaram a cair pequenos flocos de gelo, o que foi uma surpresa a todos. Ninguém esperava por isto. Conforme avançamos os flocos começaram a aumentar e o vento soprar mais forte. Quando chegamos a base do glaciar a temperatura havia caído para 5 graus negativos e a neve caia em abundância. Vocês acham que alguém reclamou? Que nada, adoramos! Não contávamos com uma nevasca nesta viagem e nem com tanto frio. Apesar disto, estávamos bem preparados com nossas jaquetas da Timberland que provaram ser bem eficientes até em temperaturas negativas. Ninguém passou frio.

Debaixo da nevasca fizemos todas as gravações e fotos que precisávamos. Também verificamos o retrocesso deste glaciar que serve de referência para todos os glaciares do parque. Para você ter uma idéia, o glaciar Pastoruri tem perdido massa de gelo na razão de 10 metros por ano. Segundo os cientistas, esta média deve aumentar na próxima década chegando à marca de 20 metros por ano. Parece pouco, mas representa uma quantidade enorme de gelo. Neste passo o glaciar logo desaparecerá e com ele grande parte dos glaciares da Cordilheira Branca. Pudemos hoje ver “in loco” os efeitos das nossas atitudes em relação ao meio ambiente. Temos que reverter este quadro. Quero que meu neto um dia venha ao Peru e veja as mesmas belezas que estou presenciando hoje.

Conheça nossos Pacotes para Machu Picchu e Peru.

Peter Goldschmidt
* Peter Goldschmidt é membro da Família Goldschmidt que desde 1999 viaja pelo mundo descobrindo e divulgando novos roteiros turísticos. É também diretor da agência de turismo Gold Trip.  www.goldtrip.com.br – (11) 4411-8254

 

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Lima

 


Peru – Lima, a cidade dos reis

Hoje damos inicio a mais uma série do canal Viaje Comigo. Nosso destino será o Peru, onde viajamos durante 35 dias. A expedição aconteceu entre Dezembro de 2008 a Janeiro de 2009. Nossa primeira parada foi em Lima, a capital do país e uma das maiores cidades da América do Sul. Abaixo faço uma seleção de alguns trechos do nosso diário de bordo, repleto de comentários e dicas de viagem. Vamos viajar? Então, Viaje Comigo!

Lima é uma cidade fascinante, movimentada e antiga. Sua história como cidade colonial começa a mais de 500 anos, mas sua história pré-colombiana vai muito mais longe. Começamos nossa visita pelo centro histórico.Visitamos a Plaza de Armas, onde estão representados os principais poderes do país, o Palácio Presidencial representando o governo federal, a prefeitura de Lima (a cidade mais importante) e a Catedral de Lima representando os peruanos católicos, quase 80% da população do Peru.

 

Visitamos também o Mercado de Surquillo, um dos muitos mercados populares de Lima, que contém um pouco de tudo o que é produzido no país. É uma boa maneira de conhecer os produtos locais e começar a pronunciar nomes estranhos (para nós) como Chirimoya, Lucuma, Granadillos e Tuna. No mercado também notamos uma grande variedade de batatas (original dos Andes) e espigas com milhos de todas as cores. Não sabia que havia tantas.

Almoçamos no museu Larco Herrera, um dos mais importantes da cidade. Construído sobre um antigo templo (ainda conservado no seu subsolo), o museu primeiro impressiona pelo lindo jardim. No portão de entrada a Ingrid encontrou um cachorro estranho, sem pelos. Disseram-nos ser uma raça natural do Peru, antiga e quase em extinção. O museu tem peças de cerâmica representando quase todas as civilizações que já habitaram o Peru. Há também um cofre especial com peças de ouro e prata, também visitamos o depósito do museu que está aberto a público. Todas as salas estão cheias de prateleiras lotadas de vasos antigos que chegam até o teto. Estes vasos são especiais, pois são um espécie de enciclopédia das antigas culturas. Neles estão representados pessoas, frutos, animais e costumes das civilizações do norte do Peru como os Moches e os Chavin. O museu reserva uma sala somente para os vasos com motivos eróticos cujas fotos não podem ser mostradas neste horário.

E já que estamos falando de esportes radicais, a Ingrid resolveu aproveitar a ocasião para realizar um antigo sonho, voar de paraglider (ou parapente). As falésias em Miraflores são ideais para o vôo em lift, quando o vento que sobe da costa mantém o paraglider voando. Na rampa de decolagem conhecemos Max Leon, um dos organizadores do esporte na cidade. Ele se ofereceu para fazer um vôo duplo com nossa filha. Depois de decolar, eles voaram durante uns 20 minutos pela costa, passando por cima do Larcomar e também dos hotéis na costa. Quando ela voltou tinha o rosto brilhando de tanta alegria. Foi um lindo batismo. Se um dia você vier a Lima, também poderá voar, basta vir até a rampa de decolagem perto da praça dos amores e falar com o Max ou um de seus amigos.

A tarde estivemos na Huaca Pucllana, uma pirâmide cerimonial construída com tijolos de adobe (mistura de barro e palha). Esta construção de 1.700 anos só resistiu aos terremotos e as intempéries por seu estilo único de construção. Ao invés de colocar os tijolos deitados, eles foram colocados na vertical, como livros em uma estante, um ao lado do outro. Este tipo de construção absorveu o impacto dos tremores comuns nesta região e permitiu que resistissem até os dias de hoje.

No por do sol, estávamos em San Isidro, um dos bairros mais nobres da cidade. Na região existe um clube de golfe, hotéis luxuosos, lojas de grife e um parque com oliveiras plantadas pelos colonizadores espanhóis há quase 400 anos. Apesar de ser um parque (enorme), existem casas em estilo europeu espalhadas entre as oliveiras que ainda produzem azeitonas duas vezes ao ano.

Temos dormido pouco e isto, associado ao calor do verão e o agito da cidade nos tem cansado bastante. O barulho é constante. Aqui todos buzinam o tempo todo, por todas as razões, sempre e o tempo todo (acho que já falei isto). Creio que é um esporte nacional. E quem não buzina, apita. Os guardas nos parques, os de trânsito, os seguranças das lojas. Todos. Acho que quem não pode comprar uma buzina, compra um apito e se vira com ele.

Outro dia visitamos o bairro chinês. Não sabia que havia tantos chineses em Lima. Creio que é a maior colônia estrangeira no Peru. Eles chegaram em 1849 para trabalhar na agricultura e não saíram mais. Hoje seus descendentes estão espalhados por toda a cidade, mas se concentram especialmente em Chinatown, com suas ruas tipicamente decoradas, lojas de importados e restaurantes. O piso da rua principal foi todo feito com lajotas doadas pelos limenhos durante as comemorações dos 150 da comunidade. Da mistura da cozinha oriental com os ingredientes peruanos fez surgir as Chifas, restaurantes que são uma verdadeira mania dos limenhos. Pratos orientais com o tempero da região. Hummmmmm!

Visitamos também Pachacamac, um centro cerimonial da civilização Lima, datado do ano 300 D.C. Pachacamac era o deus supremo, criador de tudo e de todos. O interessante é que cada civilização que os sucedeu em Lima continuou a adorar o seu próprio deus no mesmo lugar, sem destruir os antigos templos. Os últimos foram os Incas que ergueram o maior e mais alto dos templos dedicado ao deus sol. O resultado é um complexo gigantesco, cuja grande parte ainda esta enterrada.

Tivemos também o “privilégio” de experimentar uma iguaria de Huancayo, uma província nos Andes, o Suco de rã, considerado fortificante para os ossos e músculos. Em um liquidificador foram acrescentados suco de Maca (considerado afrodisíaco), mel, algarrobina (extraído de uma árvore do deserto) e obviamente uma bela e fresca rã. Tudo é batido por alguns minutos e servido quente. Agh! Não foi fácil encarar, mas eu e a Sandra cumprimos a tarefa e tomamos a bebida anfíbia. Agora ninguém me segura!

Almoçamos em um dos restaurantes mais famosos de Lima, o Rosa Náutica, construído sobre um píer de madeira. Dentre os pratos que nos foram servidos estava o Ceviche, estrela da culinária peruana. Trata-se de pedaços de peixe curtidos no limão e servidos acompanhados de batata doce, milho branco, cebolas cruas, algas marinhas e rococó, parecido com nosso pimentão vermelho. Forte, porém saboroso. Aproveitamos para conhecer a praia dos Limenhos, feita de pedras e não de areia. Uma boa parte da costa é ideal para o surf, praticado por muito locais mesmo nas águas frias da corrente de Humbolt.

Hoje quero escrever sobre um dos mais recentes atrativos turísticos de Lima, o Parque da Reserva ou Parque das fontes Mágicas, com é chamado pela população. Neste complexo em pleno centro limenho, foram instaladas 12 gigantescas fontes de vários formatos, estilos e cores. Algumas delas são interativas, com a Fonte Túnel onde você caminha por dentro de um arco de água ou a Fonte das Crianças, cujo objetivo é brincar e molhar-se nos jatos de água que saem de surpresa do chão. Existem fontes artísticas como a Pirâmide e também as que impressionam pelo tamanho. A maior delas atinge 80 metros de altura. No centro do parque esta principal de todas as fontes, com uma centena de metros de comprimento. Ali diariamente são apresentados espetáculos de música, cores e jatos de água. Projeções de motivos peruanos também são feitas sobre uma cortina d´água. Se um dia vier a Lima, não deixe de visitar o Parque da Reserva. Você vai adorar!

O almoço foi no restaurante Puro Peru (bairro de Barrancos) que tem um grande buffet de comida típica. Já havíamos provado muita coisa, mas ainda faltavam alguns pratos importantes. Dentre eles quero mencionar os “Anticuchos”, prato bem popular que consiste em um espeto com carne de coração de boi. Outro prato é a “Causa”, uma massa feita de batata recheada com carne, frango ou peixe. Entre as sobremesas provamos o “Suspiro Limeño” (com doce de Leite) e Mazamora Morada, uma gelatina feita com milho roxo acompanhado de canela e pedaços de frutas, uma delicia! Não poderia terminar sem mencionar os Picarones, um tipo de rosquinha frita que é servida com melado de Cana de Açúcar. Imperdível!

Fomos jantar no restaurante Junus (Miraflores) assistir a um show de dança folclórica. Dentre as várias danças apresentadas, duas nos chamaram a atenção. Uma foi a “Marinera”, uma dança originada a região de Trujillo (norte) e que tem uma versão Limenha. Nela, um rapaz com chapéu largo e uma moça com um lenço trocam cortesias e galanteios. Na dança original o homem monta um cavalo de Peruano de Paso e circula em volta da moça com destreza. Posso dizer que esta é a dança mais representativa do Peru. Outra dança que nos chamou a atenção foi a “Danza de las Tijeras” (tesouras), originária da região de Ayacucho. Acompanhados por violino e harpa, os bailarinos dançam levando na mão as lâminas separadas de uma tesoura. Com habilidade usam as partes como instrumento de percussão enquanto dançam. A dança representa uma disputa entre quem consegue fazer os movimentos mais estranhos tocando as tesouras sem perder o equilíbrio. Impressionante!

Conheça nossos Pacotes para Lima e Machu Picchu.

Peter Goldschmidt
Peter é membro da Família Goldschmidt e diretor-consultor de turismo da agência Gold Trip. www.familiagold.com.br //www.goldtrip.com.br

 

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Vídeos Peru

O Peru é um país milenar que foi berço de diversas civilizações. Recentemente foram encontradas ali pirâmides com 5 mil anos de idade. Além disto, foi ali que surgiu a civilização Inca, que marcou e influenciou dezenas de culturas da América. Nos vídeos Peru você poderá conhecer os principais atrativos deste lindo país, conhecer suas paisagens e mergulhar em sua cultura. Lima, Machu Picchu, Cusco, Huaraz, Vale Sagrado, Nazca, Arequipa, Puno e o lago Titicaca são apenas alguns dos lugares que você irá conhecer nesta série gravada em 2008 e protagonizada pela Família Goldschmidt. Boa Viagem!

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 Puno-e-lago-Titicaca1-150x112 Puno e  Lago Titicaca

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Promo 3 – Império de Tesouros Escondidos
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Passeios no Peru

Lima:

Há mais de 400 anos atrás, Lima foi chamada de “Cidade do Reis” pelo conquistador espanhol Francisco Pizarro. Hoje, aquela mesma cidade é uma metrópole de mais de oito milhões de habitantes que conserva com orgulho os seus conventos e grandes casas coloniais, símbolos da sua velha e nobre tradição. Fundada em 1535, a capital peruana é uma cidade moderna em crescimento constante, mas que ao mesmo tempo sabe manter, por exemplo, a riqueza do seu Centro Histórico, declarado pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade. A Catedral, o convento de São Francisco e a Igreja de Santo Domingo são apenas algumas das jóias de valor incalculável que comprovam a tradição religiosa e arquitetônica de Lima. Os grandes casarões, como a Casa Aliaga, a Casa Goyoneche e o Palacio de Torre Tagle (a mansão mais bonita no início do século XVIII) simbolizam o esplendor e o espetáculo da vida da época colonial espanhola. Localizada às margens Pacífico, a cidade também mantém evidências do período do tempo pré-hispânico, sendo Pachacamac o mais importante santuário no qual se rendeu culto ao deus do mesmo nome. Da mesma forma, a Huaca Pucllana, no bairro de Mirafllores, foi um importante centro administrativo da cultura Lima (400 d.C.).

Peru

 City tour 

tour pela cidade apreciando suas mais imponentes amostras arquitetônicas: a Praça Maior e o Centro Histórico – onde estão o Palácio do Governo, a Prefeitura, a Catedral e o Palácio Arcebispal. Visita ao Convento de São Francisco, uma jóia da arquitetura do século XVI. O recorrido continua pelos bairros modernos da cidade: San Isidro, novo coração financeiro da cidade, e Miraflores, excelente ponto para desfrutar de esplêndida vista do Oceano Pacífico.

Museu Larco 

A coleção deste museu vale uma visita antes de embarcar para Cusco! São mais de 45.000 peças de cerâmica de uma coleção particular, recolhidas principalmente por Rafael Larco Hoyle. Além disso, visitaremos também a famosa Sala de Vasilhas Eróticas, uma exibição de figuras de cerâmica que mostram os costumes sexuais dos antigos peruanos. Ao finalizar a visita, retorno ao hotel.

Museu Larco e Museu Arqueológico 

Neste tour faremos uma excursão a dois principais museus de Lima. Iniciaremos o percurso visitando o Museu de Antropologia e Arqueologia que oferece uma das melhores exposições da arte e da arqueologia do Peru milenar, apresentada em ordem cronológica desde as primeiras culturas até chegar à sala Inca. Logo continuaremos com o Museu Larco Herrera que expõe uma coleção particular de mais de 45.000 peças de cerâmica recolhidas principalmente por Rafael Larco Hoyle. Além disso, visitaremos a famosa “Sala de Vasilhas Eróticas”, que consiste numa exibição de figuras de cerâmica que mostram os costumes sexuais dos antigos peruanos. Após, retorno ao hotel.

Museu do Ouro 

Uma boa dica de passeio é visitar uma das maiores coleções privadas do Peru, pertencente ao Sr. Miguel Mujica Gallo, o Museu de Ouro do Peru, onde se exibe inumeráveis peças de ouro, prata e cobre, tais como: colares, braceletes, anéis, vasos, etc. Além disso, outras peças de cerâmicas, ferramentas, armas e oferendas funerárias. Também poderemos observar uma impressionante coleção de armas do mundo de diversas épocas. Após, retorno ao hotel e pernoite.

Circuito Mágico da Água 

Saída do hotel para visitar um novo parque no centro da cidade de Lima, conhecido como o Circuito Mágico da Água. É formado por 13 belas fontes de água, número que o tornou o maior complexo de fontes do mundo. A fonte principal, chamada “fonte mágica”, lança um jato que chega aos 80 metros de altura. Outras atrações são: o Túnel das Surpresas – com 35 metros de comprimento que é o acesso do público, a Fonte das Crianças – irresistível para brincar, a Fonte do Labirinto – formado por paredes de água que fazem efeitos diferentes. Após a visita, retorno ao hotel.

 Lima Colonial 

Saída para city tour visitando o melhor da Lima Moderna e Colonial, incluindo as mais importantes igrejas e mansões coloniais como o Palácio do Governo, a Plaza Mayor, a Municipalidad, a Catedral e o Convento de San Francisco, jóias da arquitetura colonial do século XVI. O tour continua até o moderno distrito de San Isidro, onde visitaremos a “Huaca Huallamarca”, uma pirâmide de adobe pré-inca e finalmente Miraflores, terminando no Parque do Amor com uma esplêndida vista do Oceano Pacífico.

Ruinas de Pachacamac 

Este tour será conduzido ao longo da estrada Panamericana (a 30 km ao sul de Lima) até Centro de Peregrinação de Pachacamac, no vale costeiro de Lurin. Visitaremos essa cidadela de adobe de épocas pré-incaicas, onde os peregrinos chegavam para consultar o oráculo de Pachacamac e logo, nos tempos do domínio inca, adorava-se também o Deus Sol. No momento da chegada dos espanhóis, era o centro cerimonial mais importante da costa do Peru. Após retorno ao hotel.

Ilhas Palomino 

Saída do hotel para fazer um passeio em um confortável veleiro, visitando as Ilhas Palominos, habitat de leões marinhos e diversas espécies de aves marinhas. Estas ilhas são rochosas e possuem belas grutas e cavernas naturais. No trajeto, é possível conhecer El Camotal – parte do porto do Callao que está submersa devido a um terremoto que ocorreu em 1746, nos dias de maré baixa restos deste lugar podem ser vistos. Também a Ilha San Lorenzo, a 4km da bahia de Callao, conhecida na época colonial como cemitério de marinheiros e piratas e que mais tarde tornou-se um centro de estudos para pesquisadores como Charles Darwin. Hoje, por ser uma região militar, pode ser vista de forma panorâmica. Ao finalizar a navegação, retorno ao hotel.

Caral, civilização mais antiga da América c/ box lunch 

Café da manhã e saída cedo com direção a Caral, a cidade mais antiga da América (2627 e 2100 anos A.C. aprox.) localizada 200km ao norte de Lima. Após uma viagem 4 horas, chegada e início de um recorrido observando as impressionantes edificações monumentais como a Pirâmide Maior, o templo de Anfiteatro, as Pirâmides da Galeria, Cantera, Huaca, Menor e o Templo do Altar Circular. Também os diferentes setores residenciais. Box lunch incluso. Em horário combinado, retorno ao hotel em Lima.


 Machu Picchu:

É impossível falar de Machu Picchu e não falar da cidade de Cusco, pois esta é o ponto de partida para se conhecer Machu Picchu, e é um dos melhores passeios no Peru, mas procure saber sobre o clima para aproveitar melhor. Cusco é a mais antiga cidade habitada da América e capital do Império Inca, e guarda as marcas da colonização espanhola. Muitos monumentos incaicos foram destruídos e reaproveitados para a construção de igrejas e conventos na tentativa de se impor o catolicismo. Ainda assim, possui diversos sítios arqueológicos, como as ruínas da Fortaleza de Sacsayhuaman, onde acontece a Festa do Sol todos os anos. Essas ruínas encontram-se dentro do Parque Ecológico de Sacsayhuaman, rodeado de exuberantes flora e fauna andinas e que guarda outros importantes monumentos arqueológicos: Puka Pukara, Tambomachay e Qenqo. Além de uma boa infraestrutura turística, a vida noturna da cidade também é bem servida com restaurantes, pubs e danceterias agitadíssimas. E agitação é o que não falta nos arredores de Cusco, cheios de oportunidades para a prática dos esportes de aventura. O vale do Urubamba é mais conhecido como Vale Sagrado dos Incas, uma importante zona agrícola, cujas terras férteis são banhadas pelo rio sagrado dos Incas: o Vilcanota.

Machu Picchu - Peru

Para conhecer Machu Picchu, você pode escolher entre algumas opções:

Excursão de dia completo (ou com pernoite) em trem:

A viagem de trem a partir da estação de Poroy (a 20 minutos de Cusco) leva pouco mais de três horas até Águas Calientes, vilarejo aos pés da montanha de Machu Picchu. A partir dali, os grupos sobem com seus guias em ônibus para fazer suas visitas guiadas pelas ruínas. Estas costumam durar em média 2 horas, com um tempo livre depois para curtir Machu Picchu por conta própria. Se você optar pela opção com pernoite, este é feito em algum dos hotéis de Águas Calientes – há opções de diversas categorias – ou ainda, no Machu Picchu Sanctuary Lodge, hotel da rede Orient Express localizado ao lado da entrada do parque arqueológico de Machu Picchu. Também há diferentes tipos de serviço de trem. O Andean Explorer e o Vista Dome, por exemplo, são operados pela Peru Rail e possuem janelas panorâmicas, serviço de bordo e entretenimento sob o comando da equipe a bordo. Há ainda uma opção de luxo, o trem Hiram Bingham (Orient Express), que serve brunch a bordo e oferece um chá da tarde no hotel Machu Picchu Sanctuary Lodge antes de iniciar o retorno para Cusco.

Passeio em Trilha Inca:

Você percorre durante quatro dias uma trilha de 45 quilômetros, quase toda formada por escadarias e calçamento de pedra inca. A trilha tem seu início no Vale Sagrado (até onde você é levado em um traslado) para, a partir dali, atravessar um trecho da Cordilheira dos Andes cujos desfiladeiros e penhascos fazem os olhos duvidarem de tamanha beleza. Os pernoites são feitos em acampamentos, e uma equipe de guias e carregadores se encarregam de toda a infraestrutura necessária para que você possa desfrutar da experiência. Há bastante água pelo caminho, sendo aconselhável o uso de um purificador. A melhor época para percorrê-la é de abril a outubro, quando não há chuvas (mas prepare-se, pois faz frio). No caminho, diversas ruínas vão abrindo seu apetite para o que virá depois. É uma aventura que não pode faltar na lista dos apaixonados por montanhismo.

Peru

Passeio em Trilha Inca Curta:

Nesta opção o trajeto a pé começa um pouco mais para frente em relação ao ponto de partida da Trilha Inca convencional e é possível chegar a Machu Picchu no mesmo dia, em poucas horas de caminhada.

Passeio em Trilha Salcantay:

Considerada um dos circuitos de trekking mais belos do mundo, esta trilha também leva a Machu Picchu. A caminhada dura 5 dias e possui o nome do nevado sagrado dos incas, cuja bela vista acompanha os caminhantes durante boa parte do trajeto. A estrutura local que atende esta trilha é similar à da Trilha Inca.


Cusco:

Ponto de encontro dos viajantes, Cusco é também o ponto de partida para Machu Picchu, a principal atração do Peru. A mais antiga cidade habitada da América e capital do Império Inca, Cusco guarda as marcas da colonização espanhola. Muitos monumentos incaicos foram destruídos e reaproveitados para a construção de igrejas e conventos na tentativa de se impor o catolicismo. Ainda assim, possui diversos sítios arqueológicos, como as ruínas da Fortaleza de Sacsayhuaman, onde acontece a Festa do Sol todos os anos. Essas ruínas encontram-se dentro do Parque Ecológico de Sacsayhuaman, rodeado de exuberantes flora e fauna andinas e que guarda outros importantes monumentos arqueológicos: Puka Pukara, Tambomachay e Qenqo. Além de uma boa infraestrutura turística, a vida noturna da cidade também é bem servida com restaurantes, pubs e danceterias agitadíssimas. E agitação é o que não falta nos arredores de Cusco, cheios de oportunidades para a prática dos esportes de aventura. O vale do Urubamba é mais conhecido como Vale Sagrado dos Incas, uma importante zona agrícola, cujas terras férteis são banhadas pelo rio sagrado dos Incas: o Vilcanota.

City Tour e Sitios Arqueológicos 

Visita pela cidade imperial de Cuzco, exemplo vivo da mistura das culturas andina e espanhola. O percurso começa com uma visita Peruao Convento de Santo Domingo, construído sobre o Koricancha, antigo palácio incaico e principal centro para a adoração do deus Sol. Logo, parada na Praça de Armas, onde está a Catedral e a bela igreja da Companhia de Jesus. Continuação até a Fortaleza de Sacsayuaman, imponente amostra da arquitetura militar incaica que domina a cidade. Finalmente, os sítios arqueológicos de Qenko, Puca-Pucara e Tambomachay, localizados ao noroeste da cidade. Retorno ao hotel.

City Tour a Pé (Catedral,Koricancha,M. Inka) 

À tarde, com acompanhamento de um guia, saída para fazer uma caminhada conhecendo o centro desta que foi a Capital do Império Inca. Visita à Plaza de Armas e às praças próximas, como São Francisco e Cusipata, também à suntuosa Catedral de Cuzco e o templo Qoricancha. Continuação para o Museo de Arqueologia de Cuzco (Museo Inka). Retorno ao hotel e noite livre.

City tour com visita a San Blas 

O tour nos mostrará a impressionante cidade colonial construída sobre as bases de palácios incas. Visitaremos a Koricancha ou Templo do Sol, onde poderemos apreciar os magníficos trabalhos de maçonaria, a Praça de Armas onde visitararemos a Catedral com trabalhos em madeira talhada e altares. Finalmente visitaremos o Bairro de San Blas, residencia dos melhores artistas desde a colonia.

 Mercado de Pisac 

Faremos uma excursão ao Vale Sagrado dos Incas. Visitaremos o colorido mercado de Pisac, onde poderemos apreciar uma mistura de cor, tradição e gente. Pisac se localizada na entrada do Vale Sagrado, à 31km de Cuzco. Retorno ao hotel.

 Ruinas e Mercado Pisac, Ollantaytambo 

Saída para percorrer o Vale de Urubamba, conhecido como Vale Sagrado dos Incas. Visita às ruínas de Pisac, com fortalezas, complexos urbanos, templos e terraços andinos bem preservados. No colorido mercado de Pisac, é possível apreciar uma mistura de cores, tradição e gente. Pisac se localiza na entrada do Vale Sagrado. Após o almoço (incluso), continuação para Ollantaytambo, considerado um museu o céu aberto, pois guarda boa parte da arquitetura Inca em suas ruas e construções. Acomodação em Urubamba para pernoite ou retorno ao hotel em Cusco.

 Maras e Moray 

Neste dia, visitaremos aos enormes terraços agrícolas circulares e semicirculares perto de Moray, construídas em buracos naturais em um planalto de pedra calcária com vista ao vale do Urubamba e utilizadas como laboratório botânico pelos incas. Diz a lenda que tem o significado místico, mas sua função à parte da agrícola segue sendo um mistério. Muito perto, poderemos ver o povo de Maras, onde se encontram as minas de sal formando terraços antigos e lagoas, lugar ideal para tirar fotografias. Após o tour, retorno ao hotel.

 Chinchero, Maras e Moray com almoço 

Visita a Chinchero, localizado 35km ao noroeste de Cuzco. O povoado se encontra sobre os alicerces de um importante centro Inca construído no final de 1.400. Coloridamente vestida, a gente de Chinchero se reúne na praça principal para trocar alimentos e oferecem aos visitantes, uma série de artesanatos da região em um cenário de surpreendente beleza. Continuação para visitar os enormes terraços agrícolas circulares e semi-circulares de Moray, construídos nos buracos naturais em um planalto de pedra calcária com vista ao Vale de Urubamba, utilizadas como laboratório botânico pelos Incas. Muito perto dali, está o povoado de Maras, onde se encontram as minas de sal, utilizadas desde a época dos incas, uma paisagem surpreendente. Retorno ao hotel.

Valle Sagrado com almoço 

Saída em direção ao Vale Sagrado dos Incas. Parada no caminho para apreciar uma vista clássica do Rio Urubamba, serpenteando através de tapetes de campos cultivados. Chegada ao colorido mercado de Pisac, com tempo livre para observar o povoado e seus artesãos, além de realizar compras. Em Urubamba, parada para almoço buffet (incluido). Finalmente, visita a Ollantaytambo, atraente povoado de origem incaica com notáveis canais e ruas empedradas. Na parte alta, levanta-se um impressionante centro cerimonial do culto da água e uma fortaleza que vigiava o acesso à parte inferior do vale. Retorno ao hotel em Cuzco.

Pikillacta & Andahuaylillas 

Saída de Cusco para conhecer Andahuaylillas, com sua capela sixtina datada do século XVII, famosa por sua decoração interna e um microclima cálido, apesar da localização de altitude. Visita também a Pikillacta, restos arqueológicos da antiga cultura Wari, utilizados posteriormente na época inca como a guarita de controle. Retorno ao hotel.

Pikillacta, Andahuaylillas e Tipón c/ almoço 

Esta excursão permite conhecer diferentes aspectos da região em um só dia. No trajeto até o primeiro ponto de parada, visitaremos Oropesa, povoado famoso por seus pães típicos. Uma vez em Andahuaylillas, conheceremos sua capela sixtina datada do século XVII, famosa por sua decoração interna e um microclima cálido, apesar da localização de altitude. Continuação para Pikillacta, restos arqueológicos da antiga cultura Wari, utilizados posteriormente na época inca como a guarita de controle. Finalmente, chegada a Tipon, importante monumento arqueológico de desenho hidráulico no qual a água passa por extensos canais de pedra de origem inca. Box lunch incluso durante o trajeto.

Paucartambo 2dias/1noite (15 a 16 de Julho) com transporte, pernoite 

Esta é uma festa típica do folclore peruano que homenageia a Virgen del Carmen, padroeira da raça mestiça no Peru. Os devotos dançam pelas ruas em trajes multicoloridos e a santa, que sai em procissão, os abençoa e livra dos demônios, representados também nas danças com desafiadores saltos.

Peru

 Festa Warachikuy – A iniciação inca (18/setembro 2011) 

A Festa conhecida como Warachikuy acontece todo terceiro domingo de setembro em Cusco e é encenada em Sacksayhuaman. Trata-se da antiga “Iniciação Ritual Inca”, onde a maturidade física, mental, espiritual e intelectual dos adolescentes da nobreza inca era testada para que finalmente pudessem receber a cidadania e ser considerados futuros guerreiros ou governantes. Nos dias atuais, esta encenação é realizada pelos estudantes do Colégio Nacional de Ciências.
Os jovens competiam por um período de 30 dias, tinham entre 17 e 18 anos, e eram preparados por familiares e professores desde os 12 anos. Entre as provas mais importantes podemos destacar a construção de pontes e caminhos, o jejum, a vigília noturna e, em uma última etapa, uma corrida com obstáculos de 7 km de Huanacaure até Sacksayhuaman, onde ao chegar lutavam entre si. Ao ser aprovados, os jovens se faziam merecedores de peças de vestuário que os distinguiam: a wara (lenço), um saiote curto e o hunco (túnica).
Este ano, a excursão para testemunhar esta festa será no dia 19/09/10, e pode ser incluída em qualquer roteiro.
Saída do hotel às 09h00 e acomodação. Início da cerimônia às 10h00, a qual é formada por 6 partes:
1 – Os exércitos que representam cada região do Império (Suyos) chegam a Sacksayhuaman, vindas de diferentes partes da cidade de Cusco.
2 – Enquanto isso, acontece o Qhaswa Tusuy (alegria, felicidade), apresentações folclóricas encenadas por crianças à espera dos jovens guerreiros.
3 – Rituais Sagrados: ao deus Sol, Chicha (bebida sagrada feita de milho roxo andino), Lhama e Fogo Sagrado.
4 – Danças da guerra, Corrida do Chaski Watamanta (o mensageiro mais rápido do ano), provas e desafios diversos.
5 – Simulações das batalhas
6 – Cerimônia de Formatura e Reconhecimento pelo Inca.

Mountain bike pelos arredores de Cusco 

Saída do hotel em ônibus até o complexo arqueológico de Sacsayhuaman, onde tem início um trajeto de bicicleta pelas ruínas próximas a Cusco. Você poderá apreciar outros centros arqueológicos onde não há vias de acesso para o transporte convencional. Pic nic incluso durante o trajeto.

Rafting no Rio Urubamba com almoço (setor Urubamba, Urcos ou Huambutio) 

Saída cedo de Cuzco em direção ao Vale Sagrado, cujas margens são banhadas pelo Rio Urubamba. Após receber instruções de segurança e utilização de equipamentos, início do rafting que pode variar entre os níveis I e III (leve a intermediário), passando por alguns povoados, plantações e a natureza que os cerca. Tempo livre para mudar de roupa e almoçar (pic nic). Em horário combinado, retorno ao hotel em Cuzco.


 Puno:

 A cidade de Puno está localizada no altiplano peruano, a quase quatro mil metros de altitude. É uma região árida, mas repleta de cores devido aos inúmeros vulcões. A cidade está às margens do Lago Titicaca, um “mar” de água dividido entre o Peru e a Bolívia. No lado peruano existem duas ilhas que merecem uma visita. A ilha Taquile, rochosa, abriga uma comunidade única com leis e costumes diferentes dos povos que vivem às margens do lago. As ilhas Uros são um arquipélago artificial, construído com ramos de Totora, uma espécie de junco. Os “Uros” vivem flutuando sobre as águas do lago há mais de 300 anos e desenvolveram soluções engenhosas para sobreviver de uma forma tão inusitada.

Ilhas Flutuantes dos Urus 

Visitaremos as ilhas flutuantes de Uros, conhecido também como o Povo do Lago. Estas ilhas são construídas com capas de totora e servem como moradia e centros de comércio para os nativos do mesmo nome, que se mobilizam em balsas construídas artesanalmente. Retorno ao hotel em Puno.

 Taquile e Ilhas dos Uros com box lunch 

Excursão de dia completo ao Lago Titicaca, visitando como primeiro ponto as ilhas flutuantes dos Uros, também chamados O PovoPuno - Peru do Lago. Estas ilhas são construídas com capas de junco e servem como moradia e centro de comercio para os nativos do mesmo nome que se mobilizam em balsas construídas artesanalmente. Continuação até a ilha de Taquile, onde a comunidade recebe amavelmente os turistas, mantendo vivas suas tradições, costumes e colorida vestimenta à moda antiga. Os islenhos são hábeis artesãos e plasmam em cada trabalho surpreendentes técnicas desenvolvidas durante séculos por seus ancestrais. No fim da tarde, retorno ao hotel.

Necropolis de Sillustani no caminho para o hotel 

Tour que pode ser incluido no transfer ao hotel em Puno. Uma visita a Sillustani, sitio arqueológico localizado a 34 km ao norte de Puno. Compreende as famosas Chullpas, torres funerárias de plano circular construídas com pedra. Alcançam 12 metros de altura e foram utilizadas tanto pelos Collas como pelos Incas. Ao pé desde sitio se encontra o lago Umayo, fator que aumenta a beleza paisagística desde místico e belo lugar.


 Arequipa:

A cidade de Arequipa é o orgulho do sul do Peru. Foi construída na época colonial e ainda conserva muitos dos seus edifícios e igrejas. A construção mais famosa é o convento de Santa Catalina, uma verdadeira cidade dentro da cidade. Arequipa é conhecida como a Cidade Branca, pois na sua construção foram usadas pedras vulcânicas claras. A poucas horas dali encontramos o Cânion de Colca, um imenso vale que atinge em alguns pontos mais de quatro quilômetros de profundidade. Ali é possível observar o condor, a maior ave do mundo, que se refugia nas suas encostas. Várias vilas pitorescas são encontradas ao longo do vale.

City Tour e Convento Santa Catalina 

Visitaremos esta que é conhecida como a Cidade Branca, incluindo o Convento de Santa Catarina, bela cidadela do século XVI, no puro estilo de antigas cidades espanholas, a Praça de Armas, com seus três conjuntos de portais, a Igreja da Companhia de Jesus, bela expressão da arte barroca mestiça e barroco espanhol do século XVII, junto a multicores afrescos da cúpula de São Inácio. Continuarmos o percurso, apreciaremos os típicos distritos de Cayma e Yanahuara, com seu mirante e igreja. Retorno ao hotel.

Campinha e Moinho Sabandía 

Passeio de meio dia pelos arredores desta agradável cidade, desfrutando da paisagem e da vista dos 3 vulcões que a rodeiam. Visita à Mansão do Fundador, casarão do século XVI e continuação para conhecer o Moinho de Sabandía, em meio aos campos que circundam Arequipa.


 Ica e Nazca:

Região próxima ao litoral peruano em meio ao deserto que cobre o sul do país. Nazca foi a capital de uma grande civilização e possui vários sítios arqueológicos. Os principais são os aquedutos de Cantalloc, o cemitério de múmias de Chauchilla e as mundialmente famosas Linhas de Nazca. Este último é composto de centenas de linhas traçadas no deserto em séculos passados, e também desenhos de animais e plantas com vários metros de extensão. Muitas das figuras só podem ser vistas sobrevoando a área em pequenos aviões. Ica, que está a duas horas de Nazca, produz os melhores vinhos do país. Ali é possível conhecer um oásis: a Lagoa Huacachina. 

Sobrevôo Linhas de Nazca

Em horário definido , transfer ao aeródromo de Nazca para fazer o sobrevôo das linhas por aprox.35 minutos, vislumbrando os enigmáticos desenhos no deserto datados de mais de 1500 anos. Após o pouso, saída para o tour arqueológico de Nazca, vendo linhas por terra e o aquedutos construídos pelo povo Nazca. Retorno ao hotel e tempo livre até o horário oportuno para embarcar em ônibus regular para Arequipa.


 Paracas:

Paracas, no litoral, abriga o maior parque nacional marinho do Peru que está sempre repleto de aves e mamíferos marinhos. O passeio em lancha até as Ilhas Ballestas permite observar de perto esta rica fauna.

Peru

 Ilhas Ballestas

Saída bem cedo para navegar em direção às Ilhas Ballestas, apreciando a diversidade de vida marinha como pelicanos, lobos marinhos entre outros. Você verá também o Candelabro, um misterioso desenho gravado na encosta de uma colina e que segundo as lendas, era referencia de tesouros escondidos para os piratas. Ao finalizar, transfer de Paracas a Nazca, visitando no caminho a região de Ica, onde há um oásis conhecido como Laguna de la Huacachina. Breve parada no Museu Regional de Ica, que exibe numerosas e interessantes peças das distintas etapas culturais da região.


Trujillo e Chiclayo:

Região onde a arqueologia está latente. Em diversos pontos, pesquisadores ainda trabalham e podem fazer, a qualquer momento, uma incrível e nova descoberta. Foi assim com o Senhor de Sipán e a Senhora de Cao, antigos mandatários Mochicas, uma cultura anterior aos Incas. Para abrigar estes achados, foram criados modernos e didáticos museus. As cidades de Trujillo e Chiclayo servem de base para conhecer estes tesouros, que incluem ainda cidades de barro e pirâmides cerimoniais com paredes que ainda preservam suas cores.

Clima no Peru

O clima no Peru é muito variado, devido especialmente pelo sua amplitude (norte /sul) e pela diferença de altitude entre as diferentes partes do país.

Em geral, podemos dizer que ao longo da costa, o clima é sub-tropical árido com pouca chuva. Ao longo dos Andes, o clima tem duas temporadas um verão chuvoso e inverno seco. A Amazônia tem clima quente úmido com chuvas durante todo o ano e um relativamente curto período seco entre Junho e Agosto.

Por ser cortado pela Cordilheira dos Andes, o país possui 7 pisos ecológicos e, por isso, tem a maioria dos climas do mundo. Veja como é o clima conforme suas 3 regiões principais:

No Litoral: A temperatura é normalmente uniforme, com uma média de aproximadamente 20 oC durante o ano todo. O clima no litoral é moderado pelos ventos que vem da corrente fria do mar peruano – conhecida como a Corrente de Humboldt – o que possibilita que o Peru seja um dos maiores países pesqueiros do mundo. Cidades com este clima são Lima, Ica, Paracas, Nazca, Trujillo e Chiclayo.

Na Serra: As escalas de temperatura variam de aproximadamente -7 a 21 oC. O período de chuvas vai de dezembro a março, onde as maiores precipitações acontecem entre o final de janeiro e o começo de março. Cidades com este clima são Cusco – Machu Picchu, Arequipa – Colca, Puno, Huaraz e Cajamarca.

Na Selva: É extremamente quente e úmida. Os ventos do leste que passam através dessa região recolhem a umidade que é depositada mais tarde nas inclinações orientais andinas. As precipitações anuais em alguns distritos têm uma média de aproximadamente 3,810 mm. A maior parte desta chuva, que cai principalmente de novembro a abril, acaba por descer até os vales. Cidades e áreas com este clima são Iquitos, Parque Nacional El Manu, Chachapoyas – Kuelap.

Peru

 Clima em Cusco, Machu Picchu, Vale Sagrado e Lago Titicaca (Andes)

Machu Picchu em Janeiro, Fevereiro e Março

Em geral, a época das chuvas é entre Dezembro e Março, mas a sua intensidade varia muito de zona para zona e ano para ano. As chuvas mais fortes ocorrem em Fevereiro. Este não é um mês recomendado para passeios na cordilheira. A Trilha Inca está fechada durante este mês. Em Janeiro e Março as chuvas são menos intensas e na forma de pancadas rápidas.

Machu Picchu em Abril, Maio e Junho

PeruOs dias começam a esfriar e a chuvas são raras. Os dias chegam a temperatura de 19°C, mas cai a noite, podendo chegar a 5°C.  No final de Junho (24) acontece em Cusco a Festa do Sol, uma antiga festividade Inca. Nesta época o fluxo de turista aumenta bastante e dica é fazer reservas com muita antecedência.

Machu Picchu em Julho e Agosto

Os meses mais frios do ano, porém excelentes para viajar. Devido as férias convém reservar com antecedência. A temperatura em Cusco podem chegar a 18°C de dia e perto de 0°C a noite. As ruínas de Machu Picchu estão em uma zona de transição entre o altiplano e a selva, por isto é mais úmida e geralmente mais quente.

Machu Picchu em Setembro, Outubro e Novembro

São ótimos meses para viajar com temperatura em ascensão. Os dias são mais longos e as chuvas são raras.

Machu Picchu em Dezembro

O clima já é de verão e tem inicio a temporada de chuva. Normalmente chove pouco. São geralmente pancadas que duram menos de 1 hora. O clima é quente e agradável. Sempre esfria um pouco a noite. Em Machu Picchu pode chover um pouco mais e ocorrer neblina pela manhã.


Outras regiões do Peru

Lima

O clima da capital Lima é leve, sub-tropical deserto, e é influenciado pela corrente fria Humboldt, que garante temperaturas Perumédias mínima variando entre 12°C a 20°C e a média máxima de 25°C a 30°C. Precipitação é praticamente inexistente, com uma média anual de 70 mm.

A Costa – Trijillo, Ica, Nazca, Paracas

O clima, ao longo da costa peruana é agradável durante todo, variando entre 22°C e 28°C . Em geral é bem seco. Devido a falta de umidade, as noites são cerca de 10°C mais frias do que o dia. As chuvas são raras. As cidade da costa podem ser visitadas em qualquer época do ano.

A Amazônia peruana

As terras baixas da Amazônia peruana tem um clima úmido e chuvoso durante todo o ano, as temperaturas variam entre 18°C e 36°C, enquanto a quantidade de precipitação entre 2000 e 4000 mm em ano. Em algumas regiões do sul também é um relativamente curto período seco entre Junho e Agosto.


 Médias Climáticas

Clima/Temperatura em Lima
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Máximas 26°C 27°C 27°C 24°C 22°C 21°C 19°C 19°C 19°C 21°C 22°C 24°C
Mínimas 20°C 21°C 21°C 19°C 17°C 16°C 16°C 16°C 15°C 16°C 17°C 19°C
Média 23°C 24°C 23°C 22°C 20°C 18°C 18°C 17°C 17°C 18°C 20°C 22°C
Precip. 0 mm 0 mm 0 mm 0 mm 0 mm 3 mm 5 mm 3 mm 3 mm 3 mm 0 mm 0 mm

 

 

Destino – Peru

O Peru é um país sul-americano banhado pelo Oceano Pacífico e que faz fronteira com o  Equador, Colômbia, Brasil,  Bolívia e Chile.  O território peruano abrigou a civilização de Caral, uma das mais antigas do mundo, bem como o império Inca, considerado o maior Estado da América pré-colombiana. O seu território foi elevado a vice-reinado pelo Império Espanhol, no século XVI.

Peru

O Peru é uma república presidencialista democrática dividida em 25 regiões. A sua geografia é variada, exibindo desde planícies áridas na costa do Pacífico, aos picos nevados dos Andes, e à floresta amazônica, característica que proporciona a este país diversos recursos naturais e um clima variado. As principais atividades econômicas incluem a agricultura, a pesca, a exploração mineral e a manufatura de produtos têxteis.

A população peruana, estimada em 28 milhões, é de origem multiétnica e possui um alto grau de mestiçagem, incluindo ameríndios, europeus, africanos e asiáticos.

O idioma oficial é o espanhol, ainda que um número significativo de peruanos fale quechua e outras línguas nativas. A mistura de tradições culturais produziu uma diversidade de expressões nas artes, na culinária, na literatura e na música.

Machu Picchu - PeruOs dos melhores passeios no Peru são sem dúvida a sua paisagem estonteante de lagos e montanhas e a sua história: como lar de várias civilizações pré-colombianas o Peru conta com ruínas muito bem preservadas e abertas ao público, sendo a mais famosa delas Machu Picchu, a cidade escondida nas montanhas descoberta em 1911. Outras dicas de lugares importantes são o Lago Titicaca e suas ilhas, o vale de Colca, a cidade colonial de Arequipa, bem como o deserto sul onde se encontram as famosas linhas de Nazca, a região vinicola de Ica e a reserva marinha de Paracas. No norte, as civilizaçãos deixaram heranças importantes testemunhos como os túmulos do Senhor de Sipan e da senhora de Cao, bem como o Templo da lua e a cidade de barro de Chan-chan.

Machu Picchu

Peru conta com ruínas pré-colombianas muito bem preservadas e abertas ao público. A mais famosa – hoje umas das novas 7 maravilhas do mundo – é Machu Picchu. Conhecida como “a cidade perdida dos Incas”, ficou escondida na selva por mais de 400 anos até ser encontrada por Hiram Bingham em 1911. É uma verdadeira obra de arte, a sintonia perfeita entre o trabalho do homem e a natureza.

Arqueólogos do mundo inteiro tentam decifrar seus enigmas. Acredita-se que ela teria sido descartada 50 ou 60 anos antes da chegada dos conquistadores espanhóis ao Peru e de que estes jamais a teriam conhecido. Como os espanhóis eram bem abastecidos de informantes, supõe-se que a cidade era um segredo até para os próprios incas, com acesso restrito a uma elite de governantes e sacerdotes. A quantidade de templos e espaços sagrados sugere que Machu Picchu era mesmo um importante centro religioso. Uma cidade gigante para os padrões da época, espalhada por 90 mil metros quadrados e que abrigava templos, casas, praças, observatórios e terraços para a agricultura. Também não faltam evidências de que seria um grande observatório celeste, já que essa combinação entre religião e astronomia é a base de toda a arquitetura inca. Como a grande maioria das ossadas encontradas no local era de mulheres, alguns acreditam que Machu Picchu era a morada das Virgens do Sol; uma espécie de universidade, um grande laboratório não só de astronomia, mas de engenharia e agricultura. A ausência de objetos de valor, como peças de ouro, prata e pedras preciosas é o principal indício de que Machu Picchu foi abandonada inteiramente por seus habitantes. Só ficaram para trás objetos de cerâmica, ferramentas e restos de um aqueduto, sinal de que a cidade talvez ainda estivesse inacabada quando sua população a abandonou. O porquê disso, no entanto, ninguém sabe. Existem três hipóteses para explicar o abandono: uma epidemia, uma invasão das tribos da floresta, com as quais os incas viviam em guerra, ou uma rebelião contra as autoridades do Cusco, castigada com pena de morte para toda a população do Machu Picchu.

Machu Picchu - Peru

Com tudo isso, só não dá para chamar Machu Picchu de um “conjunto de ruínas”, como geralmente acontece. Machu Picchu está viva. E ela fala com seus visitantes. O que quero dizer é que sua atmosfera, carregada de paz e de poder, mantém intacta a majestade da civilização inca, o maior império das Américas antes da chegada dos colonizadores europeus. Nem os terremotos nem os espanhóis conseguiram derrubar suas muralhas de pedra, ou o orgulho e o amor com que os descendentes dos incas guardam suas tradições, entre elas a adoração do sol, da lua, das estrelas, do trovão, do arco-íris, dos rios e das montanhas. É dessa reverência que as pedras de Machu Picchu falam, para quem quiser ouvir.


 

República do Peru

Idioma Espanhol
Capital Lima
Governo República
População (censo 2007) 28 674 757 hab.
Cidade mais populosa Lima
 
Área total 1 285 220 km²
PIB US$ 170,089 bilhões
IDH 0,723 (63.º) – elevado
Moeda Novo sol (pen)
Fuso Horário (UTC-5)
Código Internet .pe
Código Telefônico +51

 

Dicas de Viagem Peru

bandeira - peruIdioma: Espanhol. Há ainda o Quechua e o Aymará, muito usados na região da Cordilheira dos Andes, onde habitam povos cujas raízes nos remetem à época pré-colombiana.

Visto: Brasileiros não precisam de visto.

Vacina: Não é necessária nenhuma vacina.

Moeda: Nuevo Sol, encontrado em notas de 10, 20, 50, 100 e 200; e moedas de 1, 2 e 5 novos soles, e moedas de 1, 5, 10, 20 e 50 centavos.

Fuso horário: – 2 horas em relação ao horário de Brasília.

Código telefônico: 51

Estradas no Peru

Apesar de ter boas estradas, o Peru tem a dificuldade de ser dividido de norte ao sul pela Cordilheira dos Andes, o que dificulta muito a viagem de carro pelo país. Por exemplo, uma viagem entre Lima e Cusco de avião leva cerca de uma hora, contra 24 horas se for feita de carro ou ônibus. Se você pretende dirigir no país, sugiro fazê-lo pelo litoral (entre Turjillo, Lima e Nazca) ou sobre os Andes entre Arequipa, Puno  e Cusco. Evite o mês de Fevereiro pois o clima é chuvoso nos Andes o que pode causar deslizamentos.

Nazca - Peru

Boleto Turístico de Cusco:

Um ingresso múltiplo ideal para turistas e que pode ser adquirido localmente em alguns pontos da cidade (escritórios do Instituto Nacional de Cultura – INC ou nos guichês das próprias atrações). Permite ter acesso aos principais passeios como sítios arqueológicos, museus e igrejas. Verifique se o BTC já está incluso em seu pacote!

Alimentação no Peru

A cozinha do Peru está entre as mais diversificadas do mundo, com influências européia, africana, chinesa e japonesa. É também uma das cozinhas mais antigas da América.

Veja alguns dos pratos mais conhecidos:

Ceviche: A receita básica é a mesma em todas as regiões: pedaços de peixe, suco de limão, cebola vermelha, sal e pimenta a gosto.

Frango Grelhado: frango grelhado é um dos alimentos mais consumidos no país. É basicamente um frango eviscerado em uma marinada que contém diversos ingredientes, cozido sobre as brasas.

Chifa: É um termo usado no Peru para se referir à cozinha que surgiu da fusão de comida peruana e da comida chineses (trazida por imigrantes). Os pratos principais são o arroz frito, sopa wonto e chijaukay.

Pachamanca – Tipicamente inca. Este prato é cozido sobre pedras muitos quentes enterradas em um buraco no solo. É composto por diversos tipos de legumes e carnes.

A cozinha peruana possui mais de 250 tipos de sobremesas. As mais conhecidas são o doce de leite, o suspiro limenho, doces feitos de chirimoia e os picarones.

As bebidas mais tradicionais do Peru são:

Pisco: é a bebida nacional. É Um licor retirado de duas variedades de uvas locais e quebras de uva Itália, ocorre em algumas regiões do país. Baseado no pisco é feito o Pisco Sour, misturado com limão, açucar e ovo.

Vinhos: A principal região produtora é Pisco, ao sul de Lima.

Chicha: feita a partir do milho, tem alto teor alcoólicoPuno - Peru

Vistos e vacinas do Peru

Os brasileiros não necessitam visto para entrar no país, somente passaporte válido ou carteira de identidade. Sugerimos que a foto do documento não seja muito antiga para evitar transtornos. (atenção: não são aceitas carteiras emitidas por órgãos de classe como OAB, CRM, COREN, etc.). Não é necessário nenhum tipo de vacina, mas sugerimos que tome a vacina contra a febre amarela.

Mal de altura no Peru

Enquanto Lima e Nazca estão ao nível do mar, Cusco (3.300) e Puno (3.900) estão no alto da cordilheira. A permanência em altitude maior de 2.800 metros sobre o nível do mar pode causar um certo desconforto ao visitante. Os sintomas são tontura, enjôo, mal estar e dor de cabeça. Algumas atitudes podem evitar o mal ou pelo menos amenizá-lo:

  • Assim que chegar ao seu hotel, deite-se pelo menos uma hora.
  • Tome regularmente o chá de coca. Não há efeitos colaterais.
  • Evite exercícios físicos ou movimentos bruscos. Nas primeiras horas na altitude deve-se evitar esforços físicos.
  • Procure comidas leves e tome bastante líquido. Evite temperos fortes e bebidas alcoólicas nos primeiro dia.
  • Se possível, leve sempre consigo uma aspirina que também ajuda a combater os sintomas. Consulte antes seu médico.
  • Os hotéis e ônibus de turismo possuem garrafas de oxigênio.
  • Machu Picchu e o Vale Sagrado estão abaixo da zona do mal de altura.

Folhas de Coca no Peru

As folhas de coca  podem adquirir-se facilmente nos mercados e são de livre uso na região andina. Porém é melhor não cair na tentação de levá-la para casa. É preferível comprar os saquinhos de chá (infusão) que estão à venda nos mercados, pois contém o devido registro no governo. Desta maneira evitam-se problemas no Brasil e com própria polícia peruana.

Transporte no Peru:

O melhor meio de transporte no Peru é o táxi, costuma ser barato e seguro. Os táxis não possuem taxímetro, por isto é Perurecomendável acertar o preço antes da corrida. Normalmente vale pechinchar, sempre funciona. Os taxistas costumam chamar os passageiros através de buzinadas, e você pode pará-los em qualquer ponto da cidade. Os ônibus urbanos são antigos, pequenos e em mal estado de conservação. Os ônibus intermunicipais são bons, porém procure sempre uma empresa respeitável, várias empresas possuem terminais próprios nas grandes cidades para embarque e desembarque.

Moeda e preços no Peru

No Peru a moeda oficial é o Novo Sol (Nuevo Sol). Os preços são ligeiramente menores que os praticados no Brasil e uniformes em todo o país. O dólar é bem aceito, assim como os cartões de crédito. O Real pode ser trocado em casas de câmbio nas principais cidades turísticas, mas não é aceito no comércio em geral. Em Lima você vai encontrará cambistas oficiais nas ruas de Miraflores vestidos com coletes identificados. Prefira os bancos e casas de câmbio formais.