A Bahia é um estado privilegiado. Além das lindas praias e de uma história riquíssima, possui alguns recantos com paisagens de extrema beleza e que tem atraído visitantes do mundo inteiro. Um destes lugares é a Chapada Diamantina, a 400 quilômetros de Salvador. Sua beleza natural composta de rios, cavernas, afloramentos rochosos e cachoeiras, fazem dela um dos principais destinos turísticos do nordeste brasileiro.
Lençóis é uma cidade histórica, fundada em meados do século 19. Seus prédios bem conservados refletem uma época de opulência e luxo, quando os diamantes retirados da Chapada faziam a fortuna dos coronéis e de aventureiros que frequentavam a região. Hoje, Lençóis é uma cidade pacata com menos de 10 mil habitantes e sua principal renda vem do turismo. No entanto, seu centro histórico ainda preserva os prédios da época áurea e suas ruas mantêm o calçamento original feito de pedras. A cidade fica perto de vários atrativos turísticos do norte da Chapada, entre eles a cachoeira da fumaça, uma das mais altas do Brasil e que só pode ser alcançada com 4 horas de caminhada. Mas cachoeiras não faltam na região, muitas delas de fácil acesso. Uma das mais famosas é a cachoeira do mosquito, localizada a apenas 1 hora de carro de Lençóis. Perto dali, outro atrativo menos conhecido chama a atenção. É a Serra das Paridas, um dos principais sítios arqueológicos da Bahia com milhares de pinturas rupestres. Existem desenhos de animais, figuras geométricas e formas humanas. Outra formação rochosa, bem mais conhecida, é o Morro do Pai Inácio. Na verdade, o morro é uma mesa rochosa que se ergue íngreme em direção ao céu. Do alto dos seus paredões, pode-se ter uma visão de toda a região e do início do Vale do Pati, que avança para o interior da Chapada. Certamente um dos mirantes mais lindos do lugar. Mas a chapada não é só morros e cachoeiras. Existe também a Chapada subterrânea composta por dezenas de cavernas e grutas. Uma das mais famosas é a Pratinha, uma caverna de onde aflora um rio com água transparente. Aqui é possível fazer diversas atividades como mergulho, tirolesa e caiaque. Outra caverna importante é a Lapa Doce. Esta gigantesca formação foi criada por um rio subterrâneo que escavou a rocha calcária. Só a sua entrada já impressiona pela sua altura e grandiosidade.A Chapada Diamantina é protegida, desde 1985, por um parque nacional cuja área ultrapassa os 150 mil hectares. Dentro deste parque estão suas principais cidades e atrativos turísticos. Para entender melhor a região, sugiro dividi-la em partes. No norte, está a cidade de Lençóis, considerada a cidade mais importante da região. No Centro, está localizada a simpática cidade de Andaraí. E no Sul, fica Mucugê. Vamos conhecer um pouco de cada uma delas.
Na região central do parque encontramos a simpática cidade de Andaraí, que na língua nativa quer dizer Rio dos Morcegos. Fundada no auge da época da mineração, Andaraí ainda guarda muito de suas características arquitetônicas originais e tem uma população simpática que recebe muito bem o turista. Ela é uma excelente base para se conhecer alguns dos principais pontos turísticos desta porção da Diamantina. Um deles é o Poço Azul, uma caverna profunda, inundada pelo afloramento do lençol freático. Mergulhar nestas águas translúcidas causa a impressão de se estar flutuando no espaço. Outro destino importante é o Poço Encantado. Este lago no interior de uma caverna justifica seu nome. Uma clarabóia natural permite a entrada da luz solar, criando um incrível efeito de luz e sombras sobre a água. Devido aos reflexos, é difícil dizer onde está superfície do lago e onde está seu fundo.
Perto de Andaraí encontramos um ecossistema bem diferente do restante das paisagens do parque. Aqui estão as águas dos rios que foram represadas pela própria natureza, criando uma área de pantanal, batizada de Marimbús. São três grandes regiões alagadas onde se pode fazer um belo passeio de barco conhecendo a fauna e flora locais. Também perto de Andaraí, está a pequena e antiga vila de Chique Chique do Igatú, um dos destinos mais charmosos da região. Ela surgiu no século 19 como um posto avançado de garimpeiros, e no seu auge possuía várias lojas que ofereciam produtos importados diretamente da França. Devido à grande população, os garimpeiros construíram suas casas ao redor do centro, usando as pedras e as cavernas como base para suas casas. Muitas destas construções ainda continuam de pé, algumas transformadas em hotéis, restaurantes e até museus. Um deles é o Museu do Arte e Memória. Um espaço a céu aberto que mistura artefatos usados pelos garimpeiros com peças de arte moderna que revelam as belezas do sertão. Vale a pena visitá-la. Outro passeio imperdível em Igatú é conhecer a Gruta do Brejo, uma antiga mina que funcionou durante 9 anos. Seu túnel atravessa a montanha de um lado a outro.
No sul do Parque Nacional da Chapada Diamantina, encontra-se a cidade de Mucugê, a mais antiga da região e onde foi encontrado o primeiro diamante em 1844. Mucugê, assim como Lençóis e Andaraí, mantém suas características originais e reflete os áureos tempos do garimpo. Seu principal atrativo é o cemitério. Criado em 1847 no estilo Bizantino, possui centenas de túmulos pintados de branco. Devido ao solo rochoso, as tumbas aqui não são escavadas, e sim construídas acima do chão.
Mas a Chapada Diamantina possui muitos outros atrativos na forma de grutas, cachoeiras e vales imponentes. Há passeios para quem gosta de longas caminhadas ou apenas passar o dia banhando-se nas cachoeiras. Um lugar para quem ama a natureza. Recomendo ficar de 6 a 7 dias na região, o mínimo para se conhecer seus principais atrativos. O acesso pode ser feito de carro desde Salvador ou de voos semanais que ligam a capital a Lençóis. Planeje sua viagem e ótimas férias. Para saber mais entre em contato conosco através do site da Gold Trip – www.goldtrip.com.br
PACOTES PARA CHAPADA DIAMANTINA