ALL INCLUSIVE NO VALE SAGRADO

O Vale Sagrado é dos lugares mais visitados do Peru. Além de estar na rota dos turistas que visitam Machu Picchu, existem muitos lugares para você explorar nessa região. As Salinas de Maras, as ruínas de Moray, o mercado de Písac e os encantos de Ollantaytambo podem ser facilmente explorados por quem passa pelo Vale Sagrado. Agora, imagine conhecer tudo isso hospedado em um hotel único com o sistema ALL INCLUSIVE? Nós visitamos o EXPLORA VALLE SAGRADO e avaliamos um dos resorts que mais atrai brasileiros! Quer conhecer? Então, Viaje Comigo! Leia Mais

NOVAS REGRAS PARA MACHU PICCHU

Machu Picchu é um lugar que muitos sonham em visitar. Além de ser o maior atrativo turístico do Peru, é uma das 7 Novas Maravilhas do Mundo, e por isso, atrai cada vez mais turistas e curiosos interessados em sua história. Com o aumento do número de visitantes, as autoridades locais ficaram preocupadas com a conservação do sítio arqueológico e por isso, introduziram novas regras para a visitação. Assista o vídeo e fique por dentro das novas regras que estão valendo a partir de 2019

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LIMA | A capital do Peru

Lima é a capital do Peru, um país cheio de história. Lá você pode viver o contraste do antigo com o moderno, diversos museus e prédios históricos fazem seu passeio tornar-se inesquivável. Nós visitamos diversos atrativos como Praça de Armas, a Praça do Amor, Museu Larco Herrera, Complexo Religioso São Francisco e muito mais. Leia Mais

Segundo autoridades peruanas, ONG danifica Linhas de Nazca

Diversos veículos de comunicação do Peru noticiaram que uma recente ação da ONG Greenpeace danificou a ‘Zona do Colibri’, nas Linhas de Nazca, no Peru. A afirmação foi feita pelo Ministério da Cultura peruano, apontando que os idealizadores interferiam na área de Patrimônio Cultura da Humanidade, aonde é proibida qualquer tipo de atividade para não danificar os desenhos feitos no tempo Inca. Leia Mais

Vídeos Peru

Nos vídeos Peru você poderá conhecer os principais atrativos deste lindo país, conhecer suas paisagens e mergulhar em sua cultura. Lima, Machu Picchu, Cusco, Huaraz, Vale Sagrado, Nazca, Arequipa, Puno e o lago Titicaca são apenas alguns dos lugares que você irá conhecer nesta série.

 MACHU PICCHU

 

 VALE SAGRADO

 

 CUSCO

 

 LAGO TITICACA

 

 AREQUIPA

 

 NAZCA

 

 HUARAZ

 

 ICA – PARACAS

 

 LIMA

Machu Picchu

Certamente o local mais conhecido do Peru é a cidade Inca de Machu Picchu. E é justamente neste destino que a Família Goldscmidt encerra a sua expedição neste maravilhoso país.

Assista ao vídeo:

 

Hoje nos aprofundamos no Vale Sagrado em direção ao destino mais visitado de todo o Peru, Machu Picchu. O único acesso a região é por trem, que pode sair desde Cusco, como também da vila de Ollantaytambo,  no Vale Sagrado. A viagem desde Cusco leva 3 horas, enquanto desde o Vale Sagrado demora a metade do tempo. Os trilhos seguem pelo vale margeando o rio Urubamba, cercado de altas montanhas. A medida que avança pela selva, o vale vai se tornando mais estreito, até o ponto  que o trem só pode avançar atravessando túneis escavados na rocha. O trem segue até Águas Calientes, a vila que serve de base para quem visita as ruínas de Machu Picchu. É nesta vila que se concentram todos os hotéis e restaurantes da região.

O último trecho até as ruínas é feito de micro-ônibus e dura cerca de 20 minutos. A estrada é sinuosa e sobe 400 metros até o topo da montanha.

As ruínas da lendária cidade ficam sobre um platô entre dois picos montanhosos, o de Machu Picchu e o de Wiña Picchu.  Esta cidade Inca ficou perdida durante quase 400 anos, até que foi descoberta pelo explorador americano Hiram Bingham em 1911. As ruínas foram batizadas com o nome da montanha onde estava, pois o nome original da cidadela Inca se perdeu no tempo. Não há registro, em todas as crônicas Incas sobre a existência desta cidade, quem a habitou e porque foi abandonada. Sua história é um mistério. Sabe-se apenas que era uma cidade completa com zona agrícola, residencial, templos e praça central.

As ruínas podem ser visitadas de maneira superficial em 2 ou 3 horas (esse é o tempo que dura um tour guiado regular). Mas, há muito mais para ver: Os detalhes das construções,  as técnicas de corte das pedras, as escadarias, as portas de pedra, os terraços debruçados sobre abismos, os templos, altares e casas, tudo pode ser visitado em detalhes. Logicamente será necessário mais tempo para contemplar todas essas maravilhas.
Além de visitar as ruínas, sugiro também fazer algumas das trilhas auto-guiadas que partem de Machu Picchu. Abaixo seguem algumas sugestões:
* Ponte Inca – Caminho estreito e fácil entre a montanha e o vale. Demora cerca de 30 minutos e leva até uma ponte de pedra, parte do caminho Inca que levava a Choquequiral, outra cidade antiga no meio da selva.
* Porta do Sol (InkaPuku) – Trilha fácil, levemente inclinada que leva a porta de entrada original de Machu Picchu, conhecida como Porta do Sol. Lá de cima tem-se uma das mais belas vistas do vale.
* Montanha Wiña Picchu (2.750 metros), esta é uma das mais belas e procuradas. Segue através de caminhos e escadarias de pedra até o topo da montanha aguda que fica atrás de Machu Picchu. Duração cerca de uma hora. Necessita-se comprar ingresso com antecedência, pois tem um número limitado de visitantes por dia
* Montanha Machu Picchu (3.040 metros), caminhada média de duas horas até o topo da montanha que batiza estas ruínas.
* Montanha Putucuci (montanha alegre), fica em frente a  Machu Picchu e é a mais difícil e perigosa. Poucos vão lá.

Machu Picchu é um lugar fantástico, repleto de história, aventura e lindas paisagens. Recomendo ficar na região pelo menos uma noite, pernoitando em Aguas Calientes. As chuvas acontecem entre os meses de Dezembro e Março, mas é um destino aberto a visitação durante todo o ano. Mas atenção, os ingresso a Machu Picchu só podem ser comprados via internet ou através de agentes de viagem. Não são vendidos na entrada das ruínas. Por ser um destino muito procurado, recomendo sempre reservar com antecedência. Boa viagem!

Conheça nossos Pacotes para Machu Picchu.

Peter Goldschmidt
Peter é membro da Família Goldschmidt e diretor-consultor de turismo da agência Gold Trip. www.familiagold.com.br //www.goldtrip.com.br

 

 

 

Página original: http://www.goldtrip.com.br/viaje-comigo-peru-machu-picchu/

Vale Sagrado

Este lindo vale que  tem inicio próximo a Cusco e segue até a região de Machu Picchu sempre foi muito especial para o povo Inca. Seu micro clima o tornava ideal para o plantio e suas altas montanhas, um lugar propício para as fortificações e celeiros. Hoje vamos caminhar por suas trilhas, conhecer suas ruínas e aprender sobre seus costumes. Bem vindo ao Vale Sagrado dos Incas.

 

O Vale Sagrado foi formado pelas águas do rio Urubamba e tem este nome desde os tempos do império Inca. Acontece que o rio corre exatamente na mesma posição da Via Láctea, como se fosse um espelho da mesma. Assim, os Incas entendiam que o Vale era o reflexo do céu (da Via Láctea) na terra. Por isso o nome de Vale Sagrado. O assunto era levado tão a sério, que cada vila do Vale representava uma estrela ou constelação do céu. A vila de Ollantaytambo, por exemplo, representava a constelação do Lhama. Mas existiam outras como a do Sapo, da Serpente e do Condor.

O Vale Sagrado dos Incas é um dos lugares mais belos do estado de Cusco. Possui um micro-clima único que mantém a temperatura amena durante todo o ano permitindo assim o bom desenvolvimento da agricultura.  Um dos lugares mais visitados desta região é a feira de Pisac, a mais tradicional do vale. Ela acontece semanalmente há mais de 300 anos. Sua parte externa está voltada ao artesanato, enquanto o centro é ocupado pela troca e venda de produtos agrícolas. O “Trueque”, como é chamado o intercambio de alimentos e animais, é feito por pessoas de várias comunidades que se reúnem aqui várias vezes por semana. Um saco de milho por uma cabra. Um quarto de ovelha por um saco de batatas e assim por diante. É na feira de Pisac que podemos ver a grande variedade de produtos cultivados no vale.  Espigas de milho multicores, dezenas de variedade de batatas, cereais que só crescem em grandes altitudes estão aqui, tudo exposto aos olhos do visitante.

É também na feira que, todos os domingos, os líderes de cada distrito de Pisac se reúnem para assistir a missa (falada em Quechua) e depois seguem em procissão até o teatro da cidade para resolver problemas da comunidade. Esta procissão é precedida por vários meninos, vestidos a caráter, todos soprando grandes conchas usadas como instrumentos musicais. Atrás deles, 15 homens vestidos com mantos coloridos e empunhando um bastão de prata e madeira, representando sua autoridade. Um espetáculo digno de ser acompanhado.

A cidade colonial de Pisac fica no vale, mas a cidade original fica no alto das montanhas, como a maioria das cidades Incas. Incrível como estes Incas adoravam uma caminhada montanha acima. Mas isto tinha uma razão. Construindo no alto das montanhas eles ficavam livres de enchentes, longe dos desmoronamentos, mais longe ainda dos inimigos e mais perto dos seus deuses: o Sol, a Lua, os raios e as próprias montanhas, chamadas de Apus. As ruínas de Pisac ainda conservam toda a estrutura de uma cidade Inca com áreas destinadas ao cultivo, moradia, culto e cemitério.

A 90 minutos de Pisac, em outra parte do vale, encontramos outra cidade Inca, a vila de Ollantaytambo ou Tambo de Ollanta (veja lenda abaixo). É uma cidade pequena que ainda conserva grande parte da sua arquitetura original. Possuem ruas estreitas, canais de água nas calçadas, cultivos em terraços e uma área religiosa. Esta última é conhecida como as Ruínas de Ollantaytambo e é composta por enormes terraços de cultivo, pelo Templo do Sol (inacabado) e pelo Templo das dez janelas. São ruínas impressionantes, imponentes e que requerem boas pernas para chegar ao seu topo.  É curioso que a pedreira de onde vinha todo o material não ficava próxima e sim no topo de uma montanha do outro lado do vale. Os Incas tinham que fazer uma viagem imensa, carregando grandes blocos de pedra para construir seus templos. Durante a jornada, muitas pedras caiam e se quebravam, sendo assim abandonadas no meio do vale. Hoje são conhecidas como Pedras Cansadas e marcam o caminho feito pelos antigos trabalhadores.

Próximo a região de Urubamba, outra comunidade do Vale Sagrado, dois lugares chamam a atenção do visitante. Um deles são as ruínas de Moray, um centro de pesquisa agrícola Inca. Quem chega aqui pela primeira vez fica impressionado, não só pelo tamanho, mas pelo formato singular destas ruínas. São dezenas de terraços circulares e concêntricos, todos feitos de pedra. Os Incas usavam estes terraços para fazer pesquisas sobre as plantas que cultivam e que traziam de outros lugares. Usando variações de terraços eles podiam mudar a altitude, a umidade, clima e a temperatura. Desta forma eles determinavam em que parte do seu reino estas plantas produziriam melhor. Coisa de gênio!
Perto de Moray recomendo visitar também as minas de sal de Maras. Neste grande vale, foram construídas mais de cinco mil piscinas de barro, que represam as águas de um riacho cujas águas têm uma concentração de 69% de Cloreto de Sódio.  Nestas piscinas o sal é extraído pelo processo de evaporação. Isto acontece aqui desde o século XII e ainda hoje cerca de 200 famílias se beneficiam desta atividade. Durante os meses de seca (Abril a Novembro), o vale fica todo coberto de sal branquíssimo, dando a impressão de que está coberto de neve. Surreal!

O Vale Sagrado é ponteado de vilas e coberto de plantações. É um lugar agradável para se passar um dia ou para descansar. Muitas atividades de aventura podem ser praticadas aqui como bike, caminhadas, cavalgadas e rafting. É um ótimo lugar para se conhecer a população local e seus costumes. Pernoitar no Vale depois de um dia de tour é também uma boa oportunidade para encurtar a viagem a Machu Picchu, o destino final de 99% das pessoas que visitam esta região. Enquanto os trens que partem de Cusco levam três horas para chegar a estas ruínas, o trem que parte de Ollantaytambo leva a metade do tempo. Visitando este vale, começamos a entender melhor esta impressionante cultura e concordamos com os Incas em chamar este belo lugar de Vale Sagrado. Boa viagem!

Conheça também nossos  Pacotes para Machu Picchu e Peru.

Lenda Ollantaytambo

Conta a lenda a um soldado do império Inca chamado Ollanta se destacou tanto nas batalhas que foi alçado ao posto de general. Passou então a freqüentar a corte em Cusco e lá se apaixonou pela filha do Imperador, a princesa Kusicoyllor. Obviamente o imperador Pachacutec não ficou nada feliz com o namoro, pois o general era um homem do povo, de uma classe mais baixa. Perseguido pelo imperador, Ollanta fugiu com seus soldados para o Vale Sagrado e se refugiou na cidade que hoje tem o nome de Ollantaytambo (Pousada de Ollanta). O general ficou escondido ali por 10 anos até que outro general, chamado Rumiñawi, o encontrou, e depois de uma batalha o aprisionou. Ollanta foi levado para Cusco, mas para sua sorte Pachacutec havia morrido. O novo imperador não se opôs ao casamento e libertou o general. Finalmente Ollanta se casou com Kusicoyllor e viveram felizes.

Peter Goldschmidt
Peter é membro da Família Goldschmidt e diretor-consultor de turismo da agência Gold Trip. www.familiagold.com.br //www.goldtrip.com.br

 

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Cusco

Depois de quase 30 dias percorrendo as estradas do centro-sul do Peru, a Família Goldschmidt chega agora a sua região mais famosa, Cusco. Esta cidade e toda sua redondeza foi há mais de 500 anos o coração do império Inca. Nesta reportagem vamos descobrir sua história, visitar seus atrativos e explorar suas ruínas.

Assista ao vídeo:

 

A cidade de Cusco hoje tem mais de 300 mil habitantes e é um dos locais mais visitados por turístas em todo o país. No entanto, este fluxo de pessoas não é uma novidade. Durante centenas de anos, esta cidade foi o centro do Império de Tawantinsuyu, palavra Quéchua que siginifica “as quatro regiões”. Assim era conhecido o império que por mais de 100 anos dominou boa parte da costa oeste da América do Sul.

 

Cusco, sua capital, era o centro político e religioso e daqui saiam dezenas de caminhos para os mais distantes recantos do reino. Em 1.532, o conquistador espanhol Franscico Pizzaro invadiu e saqueou a cidade, destruindo as bases do império.
No entanto, muitos templos e palácios foram preservados e a história da civilização Inca, mesclada com a da conquista espanhola, pode ser vista ainda hoje nas construções, nos mercados e nos costumes da população cusquenha. Visitar esta cidade é viajar no tempo. É mergulhar em uma cultura que foi repassada de pais para filho por vários séculos.

Podemos dizer com segurança que os lugares mais emblemáticos de Cusco são dois templos: O de Koricancha é um deles. Este era o mais importante templo de todo império e nele eram aplicados todos os conhecimentos de matemática, física e astronomia que a civilização possuía. Seus muros eram cobertos de ouro e seu jardim era permeado de estátuas em tamanho natural representando pessoas, animais e plantas. Todas em ouro e prata. Com a chegada dos espanhóis o templo foi saqueado. Sobre suas paredes foi erguido um monastério em honra a São Domingos. Os invasores transformaram os templos em capelas e destruíram muitas de suas paredes. Hoje, as ruínas restantes e as fundações do templo, ainda permitem admirar todo o gênio destes hábil povo.
Na verdade, muitos edifícios de Cusco estão construídos sobre alicerces Incas. Os espanhóis logo perceberam que quando aconteciam tremores de terra, a arquitetura colonial vinha abaixo, enquanto as paredes Incas ficavam intactas. Então, os espanhóis começaram a usar as bases de templos e palácios para construir suas igrejas e casas. A Catedral de Cusco, outro ícone da cidade, é um exemplo dito. Só que aqui eles foram mais longe. Destruíram o Palácio de um rei Inca e depois usaram as pedras na Catedral. A riqueza desta igreja demonstra bem a quantidade de ouro e prata existentes na capital do império. Dentro dela podemos admirar enormes altares de ouro, prata, pedra e madeira, além de  centenas de quadros da escola de arte cusquenha.  É interessante também observar o sincretismo que houve entre a religião andina e o catolicismo. Muitas divindades Incas estão representadas em figuras de santos católicos. Em um dos quadros mais famosos da catedral, a Santa ceia, existem incluídos entre Jesus e os apóstolos, vários motivos indígenas como a constelação do Cruzeiro do Sul (sagrada para os Incas) e sobre a mesa um Cuy (porquinho da Índia), iguaria da região.
A praça da catedral, conhecida como Plaza de Armas é o centro da vida na cidade, cercada de restaurantes e agências de turismo. Logo atrás da Catedral começa o bairro de San Blas, considerado o reduto dos artesãos de Cusco. É um bairro antigo, formado por um labirinto de pequenas e acidentadas ruas, repletas de pequenos cafés, restaurantes descolados e lojas de arte e artesanato. Outro lugar muito visitado é o Mercado de Cusco. É um ótimo lugar para se conhecer o povo e seus costumes e ver o que comem, bebem e vestem. Também é um dos melhores lugares para se comprar artesanato e roupas de lã, normalmente mais barato que nas lojas do centro da cidade.

A cidade tem vários museus que exibem tanto arte cusquenha, como arte moderna. No entanto, para se conhecer melhor a cultura Inca e apreciar sua herança, sugiro visitar o Museu Inca, localizado próximo a praça principal. Ali, estão expostas de modo claro e cronológico toda a história desta civilização que foi considerada a maior da Américas.

A cidade Cusco está localizada bem no meio de um vasto sítio arqueológico, repleto de fortaleza, templos e palácios. Se houver tempo, vale à pena visitar cada um deles. Os principais são:

Saksawaman.
Este complexo religioso foi construído no alto de uma montanha, ao lado da cidade. Cusco, durante o Império Inca, tinha um plano urbano na forma de um Puma, animal sagrado da trilogia Inca (veja abaixo). A Avenida do Sol era a calda, o templo de Koricancha os órgãos genitais (fertilidade), a Plaza de Armas era o coração (poder) e Saksawaman era a cabeça. Estas ruínas chamam a atenção pelas gigantescas pedras cortadas com precisão, alguma com mais de10 metros de altura. Também existem 12 portas de pedra, praças e escadarias.  Na parte de trás das ruínas, perto de um anfiteatro encontramos algumas pedras que formam um escorredor natural e vários tronos escavados na rocha.
Qenqo (Quenco).
São as ruínas de um centro cerimonial, formado por labirintos (significado do seu nome) e grutas escavadas na rocha. Neste lugar se preparavam sacrifícios e as mumificações.
Puka Pukara.
O nome significa Fortaleza Vermelha. Era um posto de observação e controle para quem chegava à capital do império.

Tambomachay.
São as ruínas de um posto de controle, dedicado à água. As suas fontes e cascatas derramam água fresca sem interrupção há cinco séculos, sempre na mesma quantidade. Até hoje não se sabe a origem precisa desta água que é trazida por meio de aquedutos subterrâneos desde o alto de alguma montanha.
Pikillacta
Localizada à uma hora de Cusco, encontramos estas ruínas de uma cidade pré-inca pertencente à civilização Wari. Datada do século IX d.c., estas ruínas impressionam pelo seu tamanho e complexidade. Existiam ali mais de 10 mil casas, divididas em bairros fechados por muros, cada bairro com uma única entrada. Muitas das casas tinham dois ou três andares com pisos e paredes cobertos com barro queimado e gesso.
Tipon
Neste sitio arqueológico encontramos um conjunto de terraços agrícolas construídos durante o império Inca e preservados até hoje. É o único lugar onde se podem ver os canais hidráulicos em pleno funcionamento. O nome Tipon vem do Quéchua “Tinpuy”, que quer dizer, ferver. Uma referência às nascentes de água que borbulham no alto da montanha.

Podemos dizer que Cusco é uma cidade-museu. Não  só pela suas construções e ruínas, mas principalmente pela sua cultura e população. Aqui as heranças Incas estão presentes no dia a dia das pessoas e conhecê-las é um grande privilégio. Cusco também é o ponto de partida para quem deseja conhecer o Vale Sagrado e as ruínas de Machu Picchu. Mesmo assim, eu recomendo que você não a use apenas como ponto de parada e sim, separe de 2 a 4 dias para descobrir suas riquezas. Tenho certeza de que você não irá se arrepender. Boa Viagem!
Para saber mais sobre este destino entre no site da Gold Trip – www.goldtrip.com.br
Peter Goldschmidt
* Peter Goldschmidt é membro da Família Goldschmidt que desde 1999 viaja pelo mundo descobrindo e divulgando novos roteiros turísticos. É também diretor da agência de turismo Gold Trip.  www.goldtrip.com.br – (11) 4411-8254

* Trilogia Inca
A trilogia Inca é composta de três divindades: O Condor que domina o céu é a região dos deuses. O Puma, senhor da terra em que vivem os homens. E finalmente a serpente, a rainha das regiões inferiores onde estão os mortos. São considerados animais sagrados e estão representados em estatuas, decorações, relevos e pinturas. A Cruz Andina, inspirada no Cruzeiro do Sul tem três degraus de cada lado, representando cada um destes animais ou reinos.

Conheça também os Pacotes de Viagens para Machu Picchu.

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Puno e Lago Titicaca

Ilhas Uros – Lago Titicaca

A viagem da Familia Goldschmidt pelo Peru continua, desta vez visitando a região do lago Titicaca. Este é o lago navegável mais alto do mundo (3.812 metros) com 164 kms de extensão e 64 kms de largura. É dividido entre dois paises, Peru e Bolívia. Nesta viagem vamos conhecer a cidade de Puno, seus sitios arqueológicos e algumas de suas exóticas ilhas.

Assista ao vídeo:

 

Puno é a cidade base para quem deseja conhecer o lago Titicaca, o lago navegavel mais alto do mundo. A cidade tem hoje cerca de 120 mil habitantes e é conhecida como o centro folclórico do Peru. Isto acontece não só pela sua herança cultural, repleta de músicas e danças andinas, mas também pelo grande número de escolas e grupos de folclore espalhados pela região. Punoé um local histórico, inserido em um circuito arqueológico que se espalha por todas as margens do lago. Suas ruínas mais importantes são a de Chucuito, um tempo dedicado a fertilidade e as Chulpas de Sillustani, uma necrópole usada por reis Kolas e Incas. Nesta última existem torres funerárias de até 8 metros de altura espalhadas por um linda colina.

Toda a vida da cidade de Puno gira em torno do lago Titicaca. Do seu porto saem diariamente embarcaçoes de pesca, transporte e turismo com destino a várias ilhas do lago. As mais próximas e talvez as mais famosas são as ilhas flutuantes do povo Uros. Construídas em Totora, elas estão ancoradas apenas a meia hora de Puno. Vivem ali 1.800 pessoas, divididas em 70 ilhas familiares. Os Ursos são descendentes dos Uroitos, um povo que no século XV, mudou-se da terra para dentro do lago. A principal matéria prima para os Uros é a Totora, uma espécie de junco que cresce nas margens do lago Titicaca. Eles usam a Totora para construir suas ilhas, suas casas, fazer seu artesanato e até na sua alimentação. Além da Totora os Uros vivem da caça, da pesca e mais recentemente do turismo. Eles descobriam como seu estilo de vida pode ser atraente para os “gringos” e descobriram nesta atividade uma nova fonte de renda. Cada ilha é divida em famílias ou grupo de famílias. As casas são móveis, o que facilita as mudanças em caso de briga entre vizinhos. Em alguns casos, as ilhas podem até ser divididas e separadas. Muito prático!

Outra ilha muito visitada é a Taquile, a apenas 2 horas de meia de navegação desde Puno. Taquile é uma ilha rochosa e sua vila principal fica 190 metros acima do lago. Para chegar até ela existem dois caminhos: uma escadaria com 538 degraus que leva direto a vila ou uma trilha de quase 3 quilômetros, com subidas suaves que passa por fazendas e pequenas comunidades. Escolhemos a segunda, pois seria mais fácil evitar o mal da altura. Conforme subíamos, encontramos muitos taquilenhos fazendo suas atividades diárias que são basicamente a agricultura e o artesanato.  Seus trajes logo nos chamaram a atenção pois são diferenciados conforme o estado civil de cada um. As mulheres casadas normalmente se vestem com saia preta e blusa de cores sóbrias. Sobre a cabeça levam um xale de lã negro. As moças solteiras também usam o xale, mas suas roupas são de cores vivas e com enormes e coloridos pompons nas pontas do xale. Todas usam de 5 a 6 saias, uma por cima da outra. Os homens em geral usam calça e colete pretos e uma cinta larga e colorida na cintura. Junto à cinta levam uma bolsa onde carregam as folhas de Coca. A diferença entre solteiros e casados está no gorro. Os solteiros um gorro branco e vermelho e os casados um gorro vermelho. Se o homem solteiro está comprometido usa o pompom do gorro para o lado. Se está disponível, usa o pompom para trás. Achei o costume bem prático e que com certeza evita muita confusão.

Por falar nisto, confusão é muito rara na ilha. Os Taquilenho tem um conjunto de três leis básicas herdadas dos antepassados Incas. São elas:
Ama Sua – Não seja ladrão.
Ama Kella – Não seja preguiçoso.
Ama Llulla – Não seja mentiroso.

Além disto, o principio de companheirismo e da reciprocidade são muito fortes na comunidade. Se alguém precisa de ajuda, todos colaboram. Cada comunidade tem um presidente a quem todos os conflitos e necessidades são apresentados. Como sinal de sua autoridade, estes chefes usam um gorro colorido sob um chapéu escuro. Todos os Domingos, depois da missa, os presidentes das diversas comunidades se reúnem com o prefeito (eleito por 4 anos) e discutem a solução dos problemas. Nunca terminam a reunião sem dar uma solução a cada caso. Isto ajuda a garantir um clima de paz na ilha. A comunidade de Taquile também é muito saudável. Existem poucas doenças e a média de vida é uma das mais elevadas do Peru, chegando aos 85 anos. Isto se deve muito a vida tranqüila e ao fato de 98% das pessoas daqui serem vegetarianas. Os animais da ilha são usados para a agricultura, para tirar leite e lã.

A região de Puno e do lago Titicaca é um destino que pode ser visitado durante todo o ano. As maiores chuvas acontecem entre janeiro e fevereiro e o inverno é bem frio

Lenda –    Manco Capac e os Taquile
Conta a lenda que o império Inca surgiu quando o primeiro rei, Manco Capac, filho do deus Sol imergiu do lago Titicaca. Ao seu lado surgiu também Mama Ocllo.  Antes de irem a Cusco, onde fundariam sua capital, fizeram uma parada na Ilha Taquile. Mama Ocllo ensinou as mulheres a fazer fios, a cozinhar e cuidar de suas casas. Manco Capac ensinou aos homens a agricultura e também a tecer. Tudo isto sob uma condição. Os conhecimentos sobre a tecelagem nunca deveriam deixar a ilha. Por isto, até hoje são os homens que tecem em Taquile e seu artesanato é diferente dos outros na região de Puno.

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Peter Goldschmidt
Peter é membro da Família Goldschmidt e diretor-consultor de turismo da agência Gold Trip. www.familiagold.com.br //www.goldtrip.com.br

 
   
   
   
   
   

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